quarta-feira, 18 de maio de 2011

São Paulo sobe 21 posições em ranking de produção científica

Emergentes estão se aproximando de grandes potências científicas.

Um relatório divulgado na Grã-Bretanha diz que São Paulo subiu da posição 38 para o 17º lugar em um ranking de cidades com mais publicações científicas no mundo.
De acordo com o estudo feito pela Royal Society, a academia nacional de ciência britânica, a evolução da capital paulista nesse setor “reflete o rápido crescimento da atividade científica brasileira”.
O relatório, chamado Conhecimento, Redes e Nações: A Colaboração Científica no Século 21, analisa a publicação de trabalhos científicos por país no período entre 1996 e 2008.
O documento indica que o Brasil e outros países emergentes, liderados pela China, estão despontando como grandes potências na área de produção de estudos científicos, capazes de rivalizar com países que têm tradição nessa área, como os Estados Unidos, nações da Europa Ocidental e o Japão.
A representatividade dos estudos brasileiros teve leve aumento: entre 1999 e 2003, eles equivaliam a 1,3% do total de pesquisas científicas globais. Entre 2004 e 2008, essa porcentagem subiu para 1,6.
Mas “as reduções significativas no orçamento de ciência em 2011 levantam preocupações”, diz o relatório. Em meio aos cortes de R$ 50 bilhões anunciados pelo governo no orçamento federal, o Ministério de Ciência e Tecnologia deve perder R$ 1,7 bilhão.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/03/110329_pesquisa_brasil_sp_rg.shtml

terça-feira, 17 de maio de 2011

Uso do hífen com Prefixos - Novo Acordo Ortográfico

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).

• CASOS GERAIS

1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.

anti-higiênico / anti-histórico / macro-história / mini-hotel /proto-história
sobre-humano /super-homem /ultra-humano

2.Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.

micro-ondas / anti-inflacionário /sub-bibliotecário/ inter-regional

3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.

Autoescola /antiaéreo /intermunicipal /supersônico /superinteressante
Agroindustrial / aeroespacial /semicírculo




* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram- se essas letras. Exemplos: Minissaia / antirracismo / ultrassom/ semirreta

• CASOS PARTICULARES

1.Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r.
Exemplos: sub-região /sub-reitor /sub-regional sob-roda

2. Com os prefixos circum e pan,usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal.
Exemplos:circum-murado /circum-navegação /pan-americano

3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.

além-mar / além-túmulo / aquém-mar / ex-aluno / ex-diretor /ex-hospedeiro /


ex-prefeito/ ex-presidente / pós-graduação /pré-história / pré-vestibular /


pró-europeu /recém-casado / recém-nascido /sem-terra /vice-rei

4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras.

Coobrigação / coedição /coeducar / cofundador /coabitação / coerdeiro / correu /corresponsável /cosseno

5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e.
Exemplos: Preexistente / preelaborar /reescrever /reedição

6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r.
Exemplos:ad-digital / ad-renal /ob-rogar /ab-rogar

Uso do Hífen em Palavras Compostas - Novo Acordo Ortográfico

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação.
Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca

* Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo

2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.

Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico,tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde,pega-pega, corre-corre

3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação.

Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra

Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre,
deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta

* Exceções: água-de-colônia, arco--da-velha, cor-de-rosa, mais -que--perfeito,

pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo.

Exemplos: gota-d’água, pé-d’água

5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação.


Exemplos:
Belo Horizonte — belo-horizontino
Porto Alegre — porto-alegrense
Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte
África do Sul — sul-africano

6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.


Exemplos:
bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino,
peroba-do-campo, cravo-da-índia

Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio
(deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).

Acento Diferencial - Novo Acordo Ortográfico

Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Antes: Ele pára o carro.
Agora: Ele para o carro.

Antes:Ele foi ao pólo Norte.
Agora: Ele foi ao pólo Norte.

Antes: Esse gato tem pêlos brancos.
Agora: Esse gato tem pelos brancos.

Antes você comia uma pêra.
Agora você come uma pera. (Sem acento circunflexo)

Atenção!
Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

Permanece o acento diferencial em pôr/por.
Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Exemplos:

Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

•É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Palavras Terminadas em êem e ôo(s).

Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era / Como fica

Abençôo/ abençoo

crêem (verbo crer) /creem
dêem (verbo dar)/ deem

dôo (verbo doar)/ doo
enjôo/ enjoo

lêem (verbo ler)/ leem
magôo (verbo magoar) /magoo

perdôo(verbo perdoar)/ perdoo
povôo (verbo povoar) /povoo

vêem (verbo ver)/ veem
vôos/ voos

zôo/ zoo

Palavras Paroxítonas - Novo Acordo Ortográfico

Regras de Acentuação das Palavras Paroxítonas

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica
Alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
Andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
Clarabóia claraboia
Colméia colmeia
Coréia Coreia
Debilóide debiloide
Epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
Geléia geleia
Heróico heroico
Idéia ideia
Jibóia jiboia
Jóia joia
Odisséia odisseia
Paranóia paranoia
paranóico paranoico
Platéia plateia
Tramóia tramóia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos:papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente.

Como era Como fica
baiúca baiúca

bocaiúva bocaiuva*
cauíla cauila**

feiúra feiura
* bocaiuva = certo tipo de palmeira
**cauila = avarento

Atenção: 1) se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí

2) se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece.
Exemplos: guaíba, Guaíra.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Casos que Não Ocorre Crase - Parte 2

Fica mais fácil entender o uso da crase conhecendo as situações em que não ocorre a fusão.

a) antes de verbo
Voltamos a contemplar a lua.
Puseram-se a discutir no bar.

b) antes de palavras masculinas
Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.
Escreva a lápis.

c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona:

Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.

d) antes de pronomes em geral:
Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.

e) em expressões formadas por palavras repetidas:

Estamos frente a frente
Estamos cara a cara.

f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a empresários.

g) diante de substantivos femininos usados em sentido geral:

Não vai a diversões nem a festas de espécie alguma.

Atenção - Observe as seguintes situações.

1. Casa

Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase.
Exemplos:
Regressaram a casa para almoçar
Regressaram à casa de seus pais

2. Terra

Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase.
Exemplos:
Regressaram a terra depois de muitos dias.
Regressaram à terra natal.

Crase - Parte 1

Crase é a fusão de duas vogais idênticas.
É a contração da preposição A como o artigo feminino A(AS).
Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.

Só podemos usar crase diante de palavras femininas que admitam o artigo a, as e diante dos demonstrativos aquele(s), aquela (s), aquilo, a (s)

Fomos à piscina ( Pergunta: Fomos a algum lugar? Resposta: a (preposição) + a (artigo) piscina =

Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o artigo a.

Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:

I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase.

Exemplos:
Temos amor à arte.
(Temos amor ao estudo)
Respondi às perguntas.
(Respondi aos questionário)

II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplos:
Contarei uma estória a você.
(Contarei uma estória para você.)
Fui à Holanda
(Fui para a Holanda)

III. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Iremos a Curitiba.
(Voltaremos de Curitiba)
Iremos à Bahia
(Voltaremos da Bahia)

Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo. (Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase.)

Exemplos:
Está é a nação que me refiro.
(Este é o país a que me refiro.)
Esta é a nação à qual me refiro.
(Este é o país ao qual me refiro.)
Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.
(Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.)
Houve um sugestão anterior à que você deu.
(Houve um palpite anterior ao que você me deu.)

Ocorre também a crase

a) Na indicação do número de horas:
Chegamos às nove horas.

b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta:
Usam sapatos à (moda de) Luís XV.

c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento:
Chegou à tarde (tempo).
Falou à vontade (modo).

d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de...

OBSERVAÇÕES: Lembre-se que:
Há - indica tempo passado.
Moramos aqui há seis anos


A - indica tempo futuro e distância.
Daqui a dois meses, irei à fazenda.
Moro a três quarteirões da escola.



quinta-feira, 12 de maio de 2011

Caixas-pretas do voo AF 447 chegam a Paris e começam a ser avaliadas

Caixas-pretas do voo AF 447 chegam a Paris e começam a ser avaliadas

As caixas-pretas do voo AF 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 31 de maio de 2009, chegaram na manhã desta quinta-feira à França, onde investigadores começaram a avaliar o estado de preservação do equipamento.
Com isso, a expectativa é de que as autoridades francesas saberão até o fim desta semana se os dados sobre o voo poderão ser recuperados e analisados.
A informação foi dada por Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), órgão que apura as causas do acidente que matou 228 pessoas.
As duas caixas-pretas, que ficaram quase dois anos submersas no Atlântico a 3,9 mil metros de profundidade, chegaram à capital francesa por avião, vindas da Guiana Francesa.
Elas foram apresentadas à imprensa ainda nos recipientes plásticos transparentes contendo água desmineralizada e que foram selados, com um carimbo de cera, por se tratarem de provas em uma investigação judicial.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/05/110512_airfrance_caixaspretas_df_is.shtml?print=1

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Exercícios de Português - Parte 1

Vamos praticar alguns exercícios de português.

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 06.

Namoradas, Mauro tivera muitas. Mas as ligações duravam pouco tempo. Isso o deixava deprimido. Desejava encontrar a companheira que ficaria sempre ao seu lado, mas onde estaria ela?
Achou que tinha encontrado a resposta quando, na internet, entrou num site que não aceitava a participação daqueles que fossem reconhecidamente atraentes. O site informava que as pessoas feias tendem a ser mais compreensivas e leais. De fato, os rostos que ali apareciam eram feios. Mas o que o atraiu foi a promessa de fidelidade, de lealdade dos participantes. Lealdade era o que ele queria, não beleza.
Uma foto chamou-lhe a atenção, era de uma garota gorda, espinhenta, medonha, que, contudo, sorria candidamente: Marcela. E foi esse sorriso doce que o atraiu e o fez decidir: namoraria aquela moça.
Havia, porém, um problema. Segundo o site, teria de mandar a sua foto, que certamente seria rejeitada: feio ele não era. Procurou, então, um amigo e pediu que retocasse sua foto. Foi um sucesso: seu rosto ficou horroroso, o que possibilitou a sua aceitação pelo site exclusivamente de feios. Fez um contato com Marcela que aceitou a proposta; marcaram encontro num bar. Ela informou que iria com um vestido vermelho e uma flor no cabelo, detalhes
que a ele pareceram inúteis, pois com aquela feiura toda ela seria facilmente identificável. Ele, não. Tinha mudado seu rosto no photoshop do seu amigo, mas não poderia fazê-lo na realidade.
Nem era o que ele queria; seu plano era apresentar-se à garota feia, confessar o truque e dizer que queria namorá-la.
Na noite marcada, lá estava ele sentado em uma das mesas do bar, esperando-a. E, de repente, surgiu na porta uma moça linda, usando um vestido vermelho e uma flor no cabelo. Ele estremeceu. Seria coincidência? Não era. A moça tinha feito a mesma coisa que ele: mandara à internet um retrato deformado pelo photoshop para também viver uma aventura com um feio fiel. Mauro teve de reconhecer: fiel seguramente seria, mas feio não. Em silêncio, levantou-se e foi para casa.
(Moacyr Scliar, Folha de S.Paulo, 20.09.2010. Adaptado)

01. De acordo com o texto, Mauro marcou, pela internet, encontro com uma garota que,

(A) conforme haviam combinado, ficou esperando-o à mesa de um bar.
(B) embora feia, apresentava-se na internet como sendo bonita.
(C) todos os dias, dizia aos amigos estar apaixonada por ele.
(D) pela fisionomia sorridente, havia despertado o seu interesse.
(E) por ser muito feia, não era a mulher que ele desejava.

02. No trecho – Tinha mudado seu rosto no photoshop do seu amigo, mas não poderia fazê-lo na realidade. Nem era o que ele queria... – a frase destacada refere-se ao fato de Mauro desejar que:
(A) sua foto não ficasse alterada.
(B) Marcela não vestisse uma roupa vermelha.
(C) seu rosto permanecesse, na vida real, como de fato era.
(D) Marcela lhe fosse fiel.
(E) Marcela tivesse piedade dele.

02. Em – Isso o deixava deprimido. (1.º parágrafo) – o significado contrário da palavra destacada é:

(A) abatido.
(B) frustrado.
(C) curioso.
(D) intranquilo.
(E) animado.

04. Assinale a alternativa cuja frase apresenta sentido figurado.

(A) … os rostos que ali apareciam eram feios. (2.º parágrafo)
(B) … levantou-se e foi para casa. (5.º parágrafo)
(C) … teria de mandar a sua foto… (4.º parágrafo)
(D) … iria com um vestido vermelho e uma flor no cabelo…
(4.º parágrafo).
(E) E foi esse sorriso doce que o atraiu… (3.º parágrafo)

05. No trecho – Desejava encontrar a companheira que ficaria
sempre ao seu lado, mas onde estaria ela? (1.º parágrafo) – a
conjunção destacada pode ser substituída, sem alteração do
sentido do texto, por
(A) portanto.
(B) porque.
(C) embora.
(D) entretanto.
(E) contanto que.

06. Passando a frase – Ele estremeceu. (5.º parágrafo) – para o
tempo futuro, no plural, obtém-se
(A) Eles estremeceram.
(B) Eles estremecerão.
(C) Eles estremeciam.
(D) Eles estremecessem.
(E) Eles estremeçam.

CONFIRA O GABARITO
01 - D 02 - C 03 – E 04 - E 05 - D 06 - B

Aristóteles e o Papel da Razão

Apesar de ter sido discípulo de Platão durante vinte anos, Aristóteles (384-322 a.C.) diverge profundamente de seu mestre em sua teoria do conhecimento. Isso pode ser atribuído, em parte, ao profundo interesse de Aristóteles pela natureza (ele realizou grandes progressos em biologia e física), sem descuidar dos assuntos humanos, como a ética e a política.
Para Aristóteles, o dualismo platônico entre mundo sensível e mundo das ideias era um artifício dispensável para responder à pergunta sobre o conhecimento verdadeiro. Nossos pensamentos não surgem do contato de nossa alma com o mundo das ideias, mas da experiência sensível. "Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos", dizia o filósofo.
Isso significa que não posso ter ideia de um teiú sem ter observado um diretamente ou por meio de uma pesquisa científica. Sem isso, "teiú" é apenas uma palavra vazia de significado. Igualmente vazio ficaria nosso intelecto se não fosse preenchido pelas informações que os sentidos nos trazem.
Mas nossa razão não é apenas receptora de informações. Aliás, o que nos distingue como seres racionais é a capacidade de conhecer. E conhecer está ligado à capacidade de entender o que a coisa é no que ela tem de essencial. Por exemplo, se digo que "todos os cavalos são brancos", vou deixar de fora um grande número de animais que poderiam ser considerados cavalos, mas que não são brancos. Por isso, ser branco não é algo essencial em um cavalo, mas você nunca encontrará um cavalo que não seja mamífero, quadrúpede e herbívoro.
O papel da razão
Conhecer é perceber o que acontece sempre ou frequentemente. As coisas que acontecem de modo esporádico ou ao acaso, como o fato de uma pessoa ser baixa ou alta, ter cabelos castanhos ou escuros, nada disso é essencial. Aristóteles chama essas características de acidentes.
O erro dos sofistas (e de muita gente ainda hoje) é o de tomar algo acidental como sendo a essência. Através desse artifício, diziam que não se pode determinar quem é Sócrates, porque se Sócrates é músico, então não é filósofo, se é filósofo, então não é músico. Ora, Sócrates pode ser várias coisas sem que isso mude sua essência, ou seja, o fato de ser um animal racional como todos nós.
Mas como nós fazemos para conhecer a definição de algo e separar a essência dos acidentes? Aí está o papel da razão.
A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios. Observando os insetos, percebo que eles são muito diferentes uns dos outros, mas será que existe algo que todos tenham em comum que me permita classificar uma barata, um besouro ou um gafanhoto como insetos? Sim, há: todos têm seis pernas. Se abstrairmos mais um pouco, perceberemos que os insetos são animais, como os peixes, as aves...
Ato ou potência
E poderíamos ir mais longe, separando o que é ser, do que não é. E aqui chegamos à outra grande contribuição de Aristóteles: se o ser é e o não-ser não é, como dizia Parmênides, então como é possível o movimento?
Segundo Aristóteles, as coisas podem estar em ato ou em potência. Por exemplo, uma semente é uma árvore em potência, mas não em ato. Quando germina, a semente torna-se árvore em ato. O movimento é a passagem do ato à potência e da potência ao ato.
Qual a causa?
Por outro lado, se as coisas mudassem completamente ao acaso, não poderíamos conhecê-las. Conhecer é saber qual a causa de algo. Se tenho uma dor de estômago, mas não sei a causa, também não posso tratar-me. Conhecendo a causa é possível saber não só o que a coisa é, mas o que se tornará no futuro. Pois, se determinado efeito se segue sempre de uma determinada causa, então podemos estabelecer leis e regras, tal como se opera nos vários ramos da ciência.

Existem quatro tipos de causas: a causa final, a causa eficiente, a causa formal e a causa material. Por exemplo, se examinarmos uma estátua, o mármore é a causa material, a causa eficiente é o escultor, a causa formal é o modelo que serviu de base para escultura e a causa final é o propósito, que pode ser vender a obra ou enfeitar a praça.
Há uma hierarquia entre as causas, sendo a causa final a mais importante. A ciência que estuda as causas últimas de tudo é chamada de filosofia. Por isso, a tradição costuma situar a filosofia como a ciência mais elevada ou mãe de todas as ciências, por ser o ramo do conhecimento que estuda as questões mais gerais e abstratas.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/filosofia/aristoteles-e-o-papel-da-razao-nada-esta-no-intelecto-antes-de-ter-passado-pelos-sentidos.jhtm

A Influencia Africana em Nosso Idioma

O português que falamos no Brasil tem muitas palavras de origem africana, você sabia? Isso acontece porque - principalmente durante o período colonial - os negros foram trazidos da África como escravos, para trabalhar na lavoura.
Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda - é claro - as línguas e dialetos que falavam.
Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas (como o quicongo, o quimbundo e o umbundo). Muitos vocábulos que nós usamos freqüentemente vieram desses idiomas. Quer exemplos? "Bagunça", "curinga", "moleque", "dengo", "gangorra", "cachimbo", "fubá", "macaco", "quitanda"...
Outras palavras do português falado no Brasil também têm raízes africanas. Muitas delas vêm de diferentes povos do continente, como os jejes e os nagôs (que falavam línguas como o fon e o ioruba). Palavras como "acarajé", "gogó", "jabá" e muitas outras passaram a fazer parte do nosso vocabulário, foram incorporados à nossa cultura. Em geral, trata-se de nomes ligados à religião, à família, a brincadeiras, à música e à vida cotidiana.
Quer um exemplo bem trivial? "Bunda". Essa palavra também é africana, pode ter certeza. Se não fosse por ela, teríamos que dizer "nádegas", que é efetivamente o termo português para essa parte do corpo humano. Da mesma maneira, em vez de "cochilar", teríamos que dizer "dormitar". Em vez de "caçula", usaríamos uma palavra bem mais complicada: "benjamim". Empolado, não é?
Dizem que a língua banta tem uma estrutura parecida com o português, devido ao uso de muitas vogais e sílabas nasais ou abertas. Deve ser verdade, observe os sons da palavra "moleque" e de "gangorra". Parece também que o jeito malemolente (isto é, devagar e cheio de ginga) de falar facilitou a integração entre o banto e o português.
A verdade é que hoje a gente usa tantas palavras africanas que nem repara em sua origem. Quer ver? O que seria do Brasil sem o "samba"? E tem mais: "cachaça", "dendê", "fuxico", "berimbau", "quitute", cuíca", "cangaço", "quiabo", "senzala", "corcunda", "batucada", "zabumba", "bafafá" e "axé". Para quem não sabe, "bafafá" significa confusão. E "axé" é uma saudação com votos de paz e felicidade.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/cultura-brasileira/vocabulario-brasileiro-culturas-africanas-influenciaram-nosso-idioma.jhtm

Como fazer uma boa redação

É importante ter consciência de que, para escrever sobre determinado tema, é preciso primeiramente conhecê-lo. É extremamente difícil elaborar um texto sobre um assunto do qual se tenha pouco conhecimento.
Para desenvolver de forma efetiva a capacidade de produzir textos escritos, torna-se imprescindível a leitura sistemática dos mais diversos materiais sobre o tema a ser abordado.
No momento da elaboração propriamente dita, a anotação em um rascunho de todas as ideias que forem surgindo constitui um recurso fundamental. Nessa etapa do processo de escrita não deve haver nenhum tipo de preocupação quanto à sequência ou organização dessas ideias.
Essa etapa funciona como uma espécie de brainstorming ou "tempestade cerebral". Esse procedimento permite avaliar o grau de conhecimento sobre o tema.

Selecionando as idéias

É preciso, a seguir, analisar com atenção todas as ideias levantadas aleatoriamente e eliminar aquelas que não parecerem apropriadas ao texto a ser elaborado.
A partir daí, devem-se organizar as ideias consideradas relevantes de maneira coerente, em parágrafos articulados entre si. É necessário concatenar o exposto no parágrafo anterior com o parágrafo subsequente, por meio de organizadores ou conectores textuais, como as conjunções e os advérbios, buscando a construção do sentido do texto.
O desenvolvimento das ideias deve seguir a articulação lógica entre as três partes fundamentais do texto, que no caso da dissertação correspondem à introdução, ao desenvolvimento e à conclusão.

A coerência

Até esse ponto, realiza-se somente um esboço da redação, já que o texto não está concluído. Daqui em diante, é necessário verificar se as ideias levantadas se encontram concatenadas, isto é, se estão encadeadas de forma lógica e coerente, tomando-se o cuidado de se eliminar qualquer tipo de contradição.
É importante examinar, ainda, as palavras e expressões selecionadas para a elaboração do texto, observando a necessidade de trocar aquelas consideradas inadequadas, impróprias ou pouco expressivas, com o objetivo de se atingir a tão necessária propriedade vocabular.
Esse trabalho de adequação do vocabulário deve obrigatoriamente suceder a etapa de articulação das ideias abordadas, uma vez que de nada adianta trocar termos e expressões impróprias em caso de ainda ser necessário mexer na estrutura do texto ou mesmo reescrevê-lo.
Há que se ressaltar, também, o fato de que antes de se finalizar a elaboração do texto e passá-lo a limpo, é preciso fazer uma revisão gramatical, verificando a ortografia, a acentuação gráfica e a sintaxe.
Por fim, ainda que às vezes a nota de uma redação não chegue a ficar comprometida pela ausência do título, é importante não esquecê-lo, pois esse elemento aparentemente secundário do texto geralmente contribui para uma melhor compreensão do direcionamento adotado na exploração do tema.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/portugues/redacao-como-fazer-um-bom-texto.jhtm

Conto - Principais Características

O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo.
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O conto é conciso.
Grande flexibilidade
Por outro lado, o conto é um gênero literário que apresenta uma grande flexibilidade, podendo se aproximar da poesia e da crônica. Os historiadores afirmam que os ancestrais do conto são o mito, a lenda, a parábola, o conto de fadas e mesmo a anedota.
O primeiro passo para a compreensão de um conto é fazer uma leitura corrida do texto, do começo ao fim. Através dela verificamos a extensão do conto, a quantidade de parágrafos, as linhas gerais da história, a linguagem empregada pelo autor. Enfim, pegamos o "tom" do texto.
Primeiros passos
Podemos perguntar também: Quem é o autor do texto? Seja na internet, numa enciclopédia ou mesmo nos livros didáticos, é bom fazer uma pesquisa sobre o autor do conto, conhecer um pouco sua biografia. É um autor contemporâneo ou mais antigo? É um autor brasileiro ou estrangeiro?
O conto quase nunca é publicado isoladamente. Geralmente ele faz parte de uma obra maior. Por exemplo, o conto "Uma Galinha", de Clarice Lispector, faz parte do livro "Laços de Família".
Depois dessas primeiras informações, podemos fazer uma leitura mais atenta do conto: elucidar vocábulos e expressões desconhecidas, esclarecer alusões e referências contidas no texto. Também podemos pensar no título do conto. Porque o autor escolheu este título? Este esforço de compreensão qualifica - e muito - a leitura. Torna o leitor mais sensível, mais esperto.
O passo seguinte é fazer a análise do texto. No momento da análise o leitor tem contato com as estruturas da obra, com a sua composição, com a sua organização interna. Para analisar o texto, é bom observar alguns aspectos da sua composição. Algumas perguntas são muito importantes: Quem? O que? Quando? Onde? Como?

Formular as perguntas e obter as respostas ajuda a conhecer o conto por dentro:
• Quais são os personagens principais?
• O que acontece na história?
• Em que tempo e em que lugar se passa a história narrada?
• E algo bem importante: Quem narra? De que jeito? O narrador conta de fora ou ele também é um dos personagens?

Depois dessa análise, fica mais fácil interpretar a obra. Já temos uma base para comentar, comparar, atribuir valor, julgar. Nossa leitura está mais fundamentada. Fica mais fácil responder à pergunta: O que você achou do conto?

Heidi Strecker é filósofa e educadora.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/portugues/conto-caracteristicas-do-genero-literario.jhtm?action=print

Barroco no Brasil

Conheça os principais aspectos do movimento:


Marco inicial:
Publicação do poema épico "Prosopopeia", de Bento Teixeira, em 1601.

Marco final:
Publicação das "Obras Poéticas", de Cláudio Manuel da Costa e fundação da Arcádia Ultramarina, movimento poético-literário que dá início ao Arcadismo, em 1768


Contexto histórico
O Barroco brasileiro ocorre tardiamente, entre os séculos 17 e 18. Segue os modelos ibéricos e há grande influência espanhola, pois o Barroco começou em Portugal durante a União Ibérica. Sofre também forte influência da Contra-Reforma, movimento com que a Igreja católica buscou restaurar o poder político e social que perdeu durante o Renascimento.


Contexto Cultural
O Barroco é fundamentalmente uma expressão do conflito entre o humanismo renascentista e a tentativa de restauração de uma religiosidade "medieval", entre a razão e a fé, entre o material e o espiritual.


Características do estilo
1) A evasão ao conflito existencial enunciado no item anterior foi buscada através de uma valorização exagerada da forma, que resultou numa literatura marcada pelo rebuscamento da linguagem, sobrecarregando o texto com figuras de estilo, como a metáfora, a alegoria, a hipérbole e a antítese.

2) A arte é identificada com a engenhosidade do artista que pode se dar no nível da forma (cultismo) ou do conteúdo (conceptismo)

Principais autores
Na poesia, destaca-se Gregório de Matos (1623-1696); na prosa, Padre Antonio Vieira (1608-1697)

Termos em inglês sai da internet e vai parar no dicionário

Confira alguns termos em inglês que agora faz parte do dicionário Oxford

Loll ( Laughing(or laugh) out loud; tradução livre: rindo alto
Expressão usada para dizer que alguém achou muito engraçado e está rindo em voz alta.

Bloggable – Assunto ou objeto que seja interessante a ponto de virar um texto em um blog. Exemplo:
I started subscribing to the jornal in the hope of finding bloggable material in there. ( Comecei a assina o jornal com a esperança de achar material interessante para pôr no blog.)

Wag( wives and girlfriends; tradução livre: “mulheres e namoradas”
Sigla utilizada para designar mulheres ou namoradas de jogadores

FYI (For your information; tradução livre: para sua informação)
Termo utilizado para comunicar, por e-mail ou mensagens eletrônicas, que a informação pode ser do interesse do destinatário.

Nom-nom – Termo utilizado para expressar prazer ao comer. Exemplo: “Chili and cornbread for dinner, nom nom” ( Chili e pão de milho para o jantar, nom nom)

Heart – A palavra heart começou a ser usada como verbo para expressar que alguém gosta/ama muito algo/alguém. Exemplo: “I totally heart this song” ( Eu adoro essa canção)

OMG ( Oh my God!, tradução livre: “ meu Deus!”) – Sigla para a interjeição “ meu Deus!”

Onliner – A pessoa que está sempre “online”. Exemplo: “ How do you prevent altered ´facts`from being presented to young onliners as the gospel truth?” ( Como evitar que fatos alterados sejam apresentados a jovens usuários de internet como se fossem a verdade máxima?)
TBH – to be honest, tradução livre: sendo honesto
Termo usado para dizer a verdade, mesmo que isso não seja muito agradável para o ouvinte.

Fonte: educacaouol.com.br

Medo, até quando?

Todos os dias os jornais relatam casos de violência, de abuso do poder. Os policiais que deveriam proteger a sociedade pensam que podem fazer justiça com as próprias mãos, agridem cidadãos, pais de família, jovens trabalhadores, estudantes, atiram no alvo errado e cessam vidas.
E eles sempre tem uma explicação, tem sua versão para o caso. Podem até ficarem suspensos temporariamente, emquanto a imprensa divulga suas barbaridades. Mas depois ganham seus direitos e vão continuar agindo com a mesma imprudência, talvez com um pouco mais de cautela para não serem descobertos novamente.
Até quando policiais vão matar gente de bem? E mesmo que suas vítimas sejam traficantes, bandidos, ladrões, ainda sim são seres humanos e deve prevalecer os direitos humanos, o direito a vida, o direito de um dia este indíviduo se arrepender, pagar a justiça os seus atos, o direito de voltar para casa um dia e abraçar seus familiares, seus filhos, o direito de poder recomeçar a vida.
A criminalidade cresce e os crimes são cada dia mais bárbaros e mais fúteis. É muito importante o policiamento, particularmente acho que dentro de cada sala de aula deveria ter um policial, garantindo proteção a alunos e professor. Deve se combater a criminalidade com medidas preventivas, queremos sentir segurança ao ver um policial.
O que a gente aprende desde pequeninos é que não se combate um crime com outro crime, que violência gera violência. Parece que aqueles que deveriam nos proteger não sabem disso, não aprenderam ou esqueceram.
A sociedade quer proteção, quer sentir –se protegida ao andar pelas ruas, ao sair ou chegar em casa, queremos proteção e não sermos confundidos com traficantes por simplesmente recebermos uma sacola de roupa suja.
Basta! Medo, até quando?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sonhar não tem Preço

Esta cada dia mais difícil sonhar, até parece que sonhar tem preço!
Quanto vale os teus sonhos? Custa caro ou o prazer de sonhar não pode ser avaliado em cifras?
Quando criança os sonhos iluminam nossas vidas, a gente acredita em príncipe encantado, em papai noel, em fadas, em duendes...Quando crescemos, simplesmente esquecemos que é possível acreditar um pouco mais no impossível, ou pelo menos distante.
Há pessoas que até acreditam sonhar, desejam constriur a casa própria, comprar um carro novo, rever uma pessoa querida, ganhar na loteria. Mas a verdadeira essência do sonho fica adormecida, esperando o momento ideal para desabrochar como uma rosa, exalar o perfume doce e agradável da conquista.
É possível sim que os sonhos se tornem reais, a gente só precisa acreditar mais no impossível, no inacreditável. Deixar de lado o que a nossa realidade nos mostra, porque podemos ser mais, podemos fazer mais, se sonharmos mais, porque sonhar não tem preço!

Motivação influencia resultados em testes de QI, diz estudo

Resultados de testes de QI estão sujeitos a diferentes variáveis, mostra estudo.
Testes de inteligência - também conhecidos como testes de QI - medem tanto motivação quanto habilidade mental, segundo pesquisadores americanos.
A equipe de psicólogos da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, Estados Unidos, concluiu que um resultado alto no teste de QI requer inteligência e motivação, porém, um resultado baixo pode indicar a falta de apenas um dos dois fatores.
Incentivos oferecidos às pessoas testadas melhoraram significativamente os resultados dos testes.
O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Estudo

Como parte do trabalho, a equipe analisou estudos anteriores sobre como incentivos materiais afetaram o desempenho de mais de duas mil pessoas que fizeram testes de QI.
Eles concluíram que os incentivos melhoraram todos os resultados, mas particularmente para aqueles participantes que tinham pontuações menores no teste.
Depois, os mesmos pesquisadores testaram como a motivação influenciou os resultados de testes de QI e também previsões de inteligência e desempenho no futuro.
Usando dados de um estudo de longa duração que acompanhou 250 meninos da adolescência ao início da vida adulta, os psicólogos concluíram que alguns indivíduos se esforçam mais do que outros em situações onde os incentivos são baixos.
O psicólogo James Thompson, da University College London, disse que já se sabia que resultados de testes de QI eram reflexo de habilidade nata e outras variáveis.
"A vida é um teste de inteligência e de personalidade", disse Thompson. "O resultado (de um teste de) QI contém elementos de ambos, mas principalmente inteligência".
"Se um teste de QI não motiva alguém, isso já é, em si, uma boa previsão".

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/04/110426_iq_test_motivation_mv.shtml

Cérebro fica mais ativo em interações com pessoas do mesmo status social

Cientistas afirmam que cérebro reage de maneira diferente de acordo com status de outras pessoas .
Nosso cérebro tende a ficar mais ativo quando nos relacionamos com pessoas que julgamos pertencer a um nível socioeconômico semelhante ao nosso, dizem especialistas do Instituto Nacional de Saúde Mental, nos Estados Unidos.
Os especialistas dizem que este comportamento é determinado pela percepção que as pessoas têm das outras à sua volta. Seu trabalho foi publicado na revista científica Current Biology.
Estudos anteriores já haviam constatado que macacos se comportam desta forma, mudando seu comportamento em interações com outros macacos de acordo com sua percepção da posição do outro animal no grupo.

Estudo

Como parte do experimento, 23 pessoas com diferentes níveis sociais receberam informações sobre outros indivíduos também com status sociais variados.
A equipe usou exames de ressonância magnética para medir a atividade na região do cérebro conhecida como striatum ventral, associada à sensação de prazer.
Os cérebros dos participantes que achavam ser de status social e econômico mais alto apresentaram maior atividade em relação a outros indivíduos tidos como do mesmo nível. Cérebros de voluntários com status mais baixo ficaram mais ativos em resposta a indivíduos percebidos como de status semelhante.

Primeiras Avaliações
"A forma como interagimos e nos comportamos em relação às pessoas que nos cercam é determinada, com frequência, pelo seu status social em relação ao nosso", disse a responsável pelo estudo, Caroline Zink.
"Portanto, informações sobre status social são muito importantes para nós".
A especialista acrescentou que status socioeconômico não se baseia somente em dinheiro, mas pode também incluir fatores como habilidades, proezas e hábitos.
Comentando o estudo, a psicóloga Jane McCartney, membro da British Psychological Society, disse:
"As primeiras avaliações (que fazemos do outro) são muito importantes para todos, porque estão associadas a status, aparência e dinheiro".
"Trata-se de decidir se esta pessoa é do mesmo status e o que você precisa fazer para assegurar que ela sabe que você é de um nível igual", disse McCartney.
Segundo a psicóloga, a avaliação também tenta determinar que papel a outra pessoa pode ter na sua vida.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/05/110429_cerebro_status_mv.shtml

A Escola e os Pais - uma relação que tem tudo para dar certo

Atualmente se discute muito a participação dos pais no ambito escolar. Por um lado temos a importância e os benefícios acarretados quando os pais de alunos se tornam mais participativos, e por outro lado a falta de tempo e preparo desses pais para participarem da vida escolar de seus filhos.
A verdade é que muitos pais não possuem conhecimento suficiente para auxiliar seus filhos com a lição, não possuem tempo para ir as reuniões e eventos promovidos pela escola. Existe uma distância entre pais e escola.
Como um orgão de responsabilidade social a escola tem por obrigação de se adaptar às neessidades da sociedade, ao aproximar pais de alunos ao ambiente escolar resgata valores, os alunos tem melhor rendimento, melhor comportamento. Os resultados passam a ser visíveis, o retorno é imediato.
Vale a pena investir na família do aluno, porque ele traz na sua mochila os valores morais e éticos que aprendeu e aprende em casa.
A escola tem muito à oferecer aos pais: cursos, palestras, gincanas, dar oportunidades para os pais ensinaram também o que sabem. Lembrando que a maioria trabalha, não adianta oferecer cursos e palestras somente num horário, deve oferecer em vários horários e de curta duração, com linguagem acessível, respeitando o limite dos pais.
A escola e os pais podem ter uma relação de intimidade que tem tudo para dar certo. E quem ganha com isso é toda sociedade.

Ambiguidade

Ambiguidade ou anfibologia - consiste no duplo sentido causado pela má construção da frase. EX.: Peguei o bonde correndo. (Quem estava correndo, o bonde ou eu?).
Geralmente o pronome possessivo seu (e variações) pode causar ambiguidade de sentido. Por exemplo: Carlos foi ao cinema com sua namorada. Nessa frase fica difícil identificar se a namorada é de Carlos ou da pessoa com quem está falando. Para evitar o duplo sentido, usam-se as formas dele (e variações), de você ou do senhor. A frase deve ficar assim: Carlos foi ao cinema com a namorada dele.

"O professor falou com o aluno parado na sala"
Neste caso a ambiguidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar "parado na sala" logo ao lado do termo a que se refere: "Parado na sala, o professor falou com o aluno"; ou "O professor falou com o aluno, que estava parado na sala".

"A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos."
O banco ficava na rua Santos, ou a polícia cercou o ladrão nessa rua? A ambiguidade resulta da má colocação do adjunto adverbial. Para evitar isso, coloque "na rua Santos" mais perto do núcleo de sentido a que se refere: Na rua Santos, a polícia cercou o ladrão; ou A polícia cercou o ladrão do banco que localiza-se na rua Santos"

"Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão."
Mais uma vez a duplicidade de sentido é provocada pela má colocação do adjunto adverbial. Assim, pode-se entender que "As pessoas que, com frequência, consomem bebidas alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão" ou que "As pessoas que consomem bebidas alcoólicas apresentam, com frequência, sintomas de irritabilidade e depressão".

Ao fazer uma redação é importante revisar cuidadosamente o texto para que ele seja o mais claro possível.

Pleonasmo

Pleonasmo é a repetição, por meio de palavras diferentes, algo que já foi mencionado com o objetivo de enfatizar uma palavra ou expressão.
Com frequencia a gente sempre diz: "Vi com meus próprios olhos." É óbvil que a gente vê com os olhos, basta apenas dizer: "eu vi".
Alguns exemplos de pleonasmo:

Cego dos olhos
Maluco da cabeça
Subir para cima
Descer para baixo
Entrar para dentro
Sair para fora
Hemorragia de sangue
Acabamento final
Conviver junto
Gritar alto
Certeza absoluta
Elo de ligação
Prefeito municipal
Estreia pela primeira vez

Texto Argumentativo

Texto argumentativo é o texto que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, buscando fazer com que nosso leitor aceite a nossa forma de pensar.
Num texto argumentativo, distinguem -se três componentes: a tese, os argumentos e as estratégias argumentativas .
Tese é a ideia que defendemos, necessariamente polêmica, pois a argumentação implica divergência de opinião.
Os argumentos de um texto são facilmente localizados: identificada a tese, faz-se a pergunta por quê? Ao responder os por quês, temos o nossos argumentos.
As estratégias argumetativas são todos os recursos ( verbais e não verbais) utilizados para persuadir o leitor ou ouvinte.

Linguistica

Linguistica é o estudo científico da linguagem. Ciência que se ocupa do estudo da linguagem humana manifestada pelas diferentes línguas. Entende-se por língua, o instrumento de comunicação, duplamente articulado e que é (ou foi) utilizado por uma determinada comunidade para veicular conhecimentos sobre a experiência humana. O conceito de língua como sistema de comunicação constituído por signos, determinado histórica e socialmente, é um conceito relativamente novo nos
estudos linguísticos.
A palavra linguística aparece pela primeira vez em França (linguistique), em 1826 e em 1837aprece o vocábulo inglês linguistic, só mais tarde linguistics. Em Portugal, em meados do século XIX, o termo glotologia é mais usado do que linguística para designar a ciência da linguagem.
A terminologia ainda hoje usada nos estudos linguísticos nas línguas europeias e não só, é testemunho de como a reflexão linguística é grandemente devedora dos conhecimentos gramaticais greco-latinos. Na filosofia grega, a especulação sobre a origem das palavras revestiu-se de particular importância. Duas escolas antagônicas dominaram o palco da discussão: os naturalistas que defendiam uma relação intrínseca entre o som e o sentido, entre as palavras e as coisas, e os
convencionalistas que defendiam a relação arbitrária. No Crátilo, diálogo de Platão, os personagens vestem a pele de partidários destas duas posições. Aristóteles em Periérmeneias e na Poética distingue os elementos do lógos e da lexis. Numa perspectiva lógico-semântica, identifica, na esteira
de Platão, ónoma (nome) e rhéma (verbo), que constituem o lógos apophantikós (frase declarativa).
Disponível em: http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/L/linguistica.htm

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Tempo e o Agora

A humanidade parece estar sem tempo, ou melhor, todo mundo acha que falta tempo, que o tempo passa depressa demais e não dá tempo para fazer tudo o que queremos ou pelo menos precisamos, que o tempo é escasso demais.
Mas será que a falta de tempo não se dá por haver tantas opções de coisas que podemos fazer num único dia, como se o amanhã não fosse existir?
Em certas circunstâncias o tempo pode ser um aliado, pode ser um vilão, pode permitir como pode cessar e pode surpreender.
Devemos desfrutar do tempo agora, pois o agora é o nosso tempo mais importante, este momento é o mais importante, talvez me falte tempo para terminar de escrever ou falte tempo para você terminar de ler.
O agora é o tempo mais precioso que temos e o que fazer com ele, com tantas tarefas, com tantos lugares para ir, com tantas pessoas para falar,para ouvir, com tantas coisas que queremos aprender de uma única vez, com tantos sonhos para gente realizar, com tantos amores para amar...
O tempo e o agora cruza-se em nossa frente, agora é tempo rever nossos compromissos, nossos sonhos, nossos amores e descobrir o que realmente é importante fazer agora.

Palavras Homônimas

Duas os mais palavras são homônimas quando apresentam identidade de sons ou de forma, mas diversidade de significado. As palavras homônimas podem ser:


  • Homógrafas - Possuem grafia igual, a mesma forma de escrever. Mas são pronunciadas de maneira diferente, possui outra sonoridade.
    olho (substantivo) / olho (verbo)
    seco (adjetivo) / seco (verbo)
    colher ( substantivo) / colher (verbo)

  • Homófonas - Possuem o mesmo som, mas a grafia é diferente.
    acento (sinal gráfico) / assento (banco)
    sessão (reunião) / seção (repartição) / cessão (verbo ceder)
    concerto (harmonia) / conserto (ato de consertar)

  • Perfeitas - Possuem o mesmo som e a mesma grafia, lembrando que o significado é diferente. Ocorrem classes gramaticais diferentes.
    são (verbo ser) / são ( sadio- adjetivo) / são ( substantivo)
    o rio (substantivo) / eu rio (verbo)
    a cobra( substantivo) / ele cobra (verbo)

Id, Ego, Superego

Entre os anos de 1920 e 1923, Sigmund Freud reformula a teoria do aparelho psíquico e introduz os três componentes básicos estruturais da psique: id, ego, superego referindo-se aos três sistemas da personalidade.De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.
Id - Contém tudo que é herdado, que se acha presente no nascimento e está presente na constituição, acima de tudo as pulsões que se originam da organização somática e encontram expressão psíquica sob formas que nos são desconhecidas. O id é a estrutura da personalidade original, básica e central do ser humano. Regido pelo "princípio do prazer", com função de descarregar as tensões biológicas. O id seria o reservatório de enegia de toda personalidade.
Ego - O ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. O ego se desenvolve a partir do id, à medida que a pessoa vai tomando consiência de sua própria identidade e vai aprendendo a aplacar as constantes exgências do id. O ego protege o id, mas extrai dele a energia suficiente para suas realizações.É governado pelo "princípio de realidade" , é a parte racional da alma .
O ego ou o "eu" é a consciência, pequena parte da vida pisíquica, subtraída aos desejos do id e à repressão do superego.
Superego - Esta útima estrutura da personalidade se desenvolve a partir do ego. O superego atua como juiz ou censor sobre as atividades e os pensamentos do ego, é o depósito dos códigos morais, do modelo de conduta e dos parâmetros que cosntituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. É a parte irascíavel da alma, corresponde ao "vigilante".
O superego, também inconsciente, faz censura dos impulsos que a sociedade e a cultura proíbem ao id, impedindo o indivíduo de satisfazer plenamente seus instntos e desejos. É o orgão da repressão.

A teoria de Piaget - Desenvolvimento Cognitivo

Até pouco tempo, no início do século XX, assumia-se que as crianças pensavam e raciocinavam da mesma maneira que os adultos. As pessoas acreditavam que as diferenças entre os processos cognitivos entre crianças e adultos era sobretudo de grau: os adultos eram superiores mentalmente, do mesmo modo que eram fisicamente maiores. Mas os processos cognitivos básicos ao longo da vida eram os mesmos.
Piaget revolucionou as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas cuidadosas com seus próprios filhos e outras crianças, concluindo que, em muitas questões cruciais, as crianças não pensam como os adultos. Por ainda lhes faltarem certas habilidades , a maneira de pensar é diferente, não somente em grau, mas também em classe.
Os pressupostos básicos de sua teoria sao: o interacionismo, a ideia de construtivismo sequencial e os fatores que inteferem no desenvolvimento. A criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas. Essa interação com o ambiente faz com que o indivíduo construa estruturas mentais e adquira maneiras de fazê-las funcionar.
O eixo central da teoria de Piaget é, portanto, a interação do organismo (indivíduo) com o meio. Essa interação acontece através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo indivíduo ao longo da vida.

sábado, 7 de maio de 2011

Ser Mãe

A emoção de ser mãe é incrível,
é a realização de um sonho de menina,
é doar-se por inteiro a cada manhã,
é sorrir das brincadeiras de criança
quando no fundo queremos chorar
é correr sem parar para alcançar nossos filhos
é proteger do perigo
escondendo-os em nosso abrigo.

Ser mãe é aprender com os pequeninos
é cantar cantigas de criança
é dançar na chuva
é ser feliz,

Ser mãe é amar
quem um dia vai criar asas e voar
Ser mãe é educar
mesmo que a gente saiba muito pouco
Ser mãe é ser solidária
e perceber que nossos filhos também podem sofrer
e ter probemas de gente grande
Ser mãe é ser amiga
estar sempre pronta para ouvir, dar conselhos e ajudar
Ser mãe é adoecer por dentro com nossos filhos
é resgatar a nossa fé e clamar ao Senhor pela cura
e agradecer todos os dias pela vida, pela saúde,
por cada gesto, cada sorriso, cada emoção
Ser mãe é ser mãe
Seja mãe maluquinha, complicada, séria, irreverente ou mãe presente
Mãe é sempre mãe,
e o amor de mãe é o maior do mundo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Analfabetismo Funcional e Letramento

A Unesco define como analfabeto funcional toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, assim como ler e escrever frases simples, efetuar cálculos básicos, porém é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, colocar idéias no papel por meio da escrita nem fazer operações matemáticas mais elaboradas.
A questão não é mais apenas saber se as pessoas conseguem ou não ler e escrever, mas também o que elas são capazes de fazer com essas habilidades!
O importante é que as pessoas tenham a capacidade de interpretar o que leu e expressar seus sentimentos e idéias por meio das palavras e códigos.
Analfabetismo: Corresponde à condição dos que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares (números de telefone, preços etc.).
Alfabetismo: capacidades e usos efetivos da leitura e escrita nas diferentes esferas da vida social.
Letramento é o termo que vem sendo usado para designar esse conceito de alfabetismo, que corresponde ao literacy, do inglês, ou ao littératie, do francês, ou ainda ao literacia, em Portugal.

QUANTOS PORQUÊS, POR QUÊ?

Por que, porque, por quê ou porquê?
Vamos entender o uso correto segundo a gramática.

Por que (separado, sem acento)
Utiliza-se nas interrogativas, sejam diretas ou indiretas. É um advérbio interrogativo. Exemplos: Por que ele foi embora? (interrogativa direta)
Queremos saber por que ele foi embora. (interrogativa indireta)

Dica: Coloque a palavra "motivo" ou "razão" depois de "por que". Se der certo, escreva separado, sem acento.
Queremos saber por que motivo ele foi embora.

Por que pode também equivaler a pelo qual, pela qual pelos quais, pelas quais, sendo o que, nesse caso, um pronome relativo. Exemplo:

Aquele é o quadro por que ela se apaixonou.

Dica: Substitua por que por "pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais":
Aquele é o quadro pelo qual ela se apaixonou.



•Porque (junto, sem acento)
Estabelece uma causa. É uma conjunção subordinativa causal, ou coordenativa explicativa. Exemplos:

Ele foi embora porque cansou daqui.
Não vá porque você é útil aqui.

Dica: Substitua porque por "pois".
Ele foi embora pois se cansou daqui.

Também utiliza-se porque com o sentido de "para que", introduzindo uma finalidade:
Ele mentiu porque o deixassem sossegado.


•Por quê (separado, com acento)
Em final de frase ou quando a expressão estiver isolada, usa-se por quê. Exemplos:

Ele foi embora por quê?
Você é a favor ou contra? Por quê?


•Porquê (junto, com acento)
Equivalendo a causa, motivo, razão, porquê é um substantivo. Neste caso ele é precedido pelo artigo o. Exemplo:

Não quero saber o porquê de sua recusa.

Dica: Substitua "porquê" por "motivo
Não quero saber o motivo de sua recusa

Fonte: http://educacao.uol.com.br/portugues/por-que-porque-por-que-ou-porque-o-uso-correto-segundo-a-gramatica.jhtm".

ENSINO A DISTÂNCIA - VANTAGENS E DESVANTAGENS

Atualmente existem inúmeras instituições de ensino a distância, conhecidos como EAD. Existem cursos de nível fundamental, médio, técnico, profissionalizante, e os mais procurados, os de ensino superior, e não para por ai, seguindo cursos de pós graduação.
São tantas opções, mas há pessoas que sentem insegurança quanto ao EAD. O primeiro passo e mais importante é conhecer a instituição ao qual pretende estudar, se é reconhecida pelo MEC.

VANTAGENS


  • Valor da mensalidade acessível

  • 80% da carga horária do curso você estuda em casa, na hora que tiver disponibilidade

  • As aulas são ministradas via satélite ou internet

  • Você é acompanhamento por professor

  • Todas suas dúvidas são esclarecidas

  • Excelente material didático

  • Você terá interação com outros alunos por forum e chat

DESVANTAGENS



  • Você é responsavel por sua aprendizagem

  • Precisa gostar de ler muito e se dedicar por completo

  • Precisa ter acesso constante a internet

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A ERA DO POLITICAMENTE CORRETO

A preocupação atual com o termo politicamente correto trouxe uma visão inovadora da maneira como podemos usufruir do nosso querido planeta, desgastando-o o mínimo possível.
Vivemos num país em desenvolvimento, com constantes transformações economicas e sociais. Grandes empresas já nascem forte, liderando o mercado consumidor. Aos poucos a sociedade vai aceitando e inserindo - se às novas normas e regras.
Tal transformação não acontece do dia para a noite, é um processo que exige aprendizagem de ambas partes, por um lado o fabricante, por outro o consumidor.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

HISTÓRIA DA LINGUA PORTUGUESA

A língua Portuguesa tem como origem o latim, falado por um povo de cultura rústica, que vivia no centro da península Itálica (chamada Lácio), com o decorrer do tempo, teve um papel importante na história da civilização ocidental. Com as guerras e as conquistas romanas, expandiu-se por toda a Europa.
O latim clássico era a língua escrita utilizada nas obras dos escritores latinos( Cícero, Horácio, César, Virgílio); caracterizava-se pelo vocabulário apurado, correção gramatical, elegância de estilo.
O latim vulgar era a língua falada pelas pessoas de classes inferiores da sociedade romana, formadas pela imensa multidão de pessoas incultas, que não tinham preocupação artística ou literária, e usavam a língua como forma de comunicação prática.
No intercâmbio diário entre a grande população, o latim vulgar funcionava como uma língua viva, conquistando espaço na política econômica, matizando-se conforme as situações de comunicação e os meios sociais.
Assim, o latim vulgar não só se definiu em contraste ao latim clássico, mas tornou-se uma unidade linguística, desenvolvendo-se na história da sociedade, diversificando-se em dialetos sociais, diacronicamente, em uma continuidade de mudanças constantes.
A língua de Roma difundiu-se e cresceu na Itália e em outros territórios conquistados pelos romanos.
Em consequência, o latim vulgar surgiu com novos dados, variando-se conforme o espaço. As condições sociais e econômicas também se diversificaram, ocorrendo, necessariamente, certa diversidade linguística.
Os povos dominados absorveram o falar dos romanos, que se misturou com os falares regionais, originando as linguas neolatinas.
Há dez línguas românicas: o português, o espanhol, o catalão, o francês, o provençal, o italiano, o reto-romano, o dalmático, o romeno e o sardo.
Essas línguas estão assim distribuídas:
• português, falado em Portugal, no Brasil, na Ilha da Madeira, no arquipélago dos Açores, nas antigas e atuais colônias portuguesas da África, da Ásia e da Oceania;
• espanhol, falado na Espanha e em suas colônias, em quase toda a América do Sul à exceção do Brasil e das Guianas, na América Central, no México, em algumas ilhas do arquipélago das Antilhas e nas Filipinas;
• catalão, falado na Catalunha, nos vales de Andorra, no departamento francês dos Pirineus orientais, na zona oriental de Aragão, na maior parte de Valência, nas ilhas Baleares e na cidade de Alguer, situada na costa noroeste da Sardenha;
• francês, falado em quase toda a França, exceto no sul e na Bretanha, em suas colônias da Ásia, da África, da América e Oceania, na Bélgica e Congo Belga, na Suíça, em Mônaco, no Canadá, na Luisiânia e no Haiti;
• provençal, falado no sul da França (Provença);
• italiano, falado na Itália e nas ilhas adjacentes (Córsega, Sicília, etc.), nas antigas colônias italianas da Ásia e da África, e em S. Marinho;
• reto-romano, rético ou ladino, falado no Tirol, no Friul e no cantão dos Grisões (Suíça);
• dalmático, outrora falado na Dalmácia;
• romeno ou valáquio, falado na Romênia e na parte da Macedônia, próxima ao Monte Olimpo;
• sardo, falado na Sardenha
O início do período de evolução da língua portuguesa, historicamente, data do século IX. Essa época é chamada de galego. Os documentos escritos em galego-português são datados do século XII. Inicia-se, então, a fase memorável da história da nossa língua.
A língua portuguesa surgiu do latim vulgar introduzido pelos romanos na Lusitânia, região da península Ibérica.
Leite de Vasconcelos (apud COUTINHO, 1976, p. 56) divide a história da língua portuguesa em três grandes épocas: pré-histórica, proto-histórica e histórica.
A pré-histórica começa com as origens da língua e se prolonga até o século IX, quando surgem os primeiros documentos latino-portugueses.
É reduzido o material linguístico dessa época, devido às escassas inscrições. Só por conjetura é que se pode formar uma ideia do romance então falado.
A proto-histórica estende-se do século IX ao XII. Os textos, que então aparecem, são todos redigidos em latim bárbaro. Neles, porém, de quando em quando, encontram-se palavras portuguesas, o que já evidencia a existência do dialeto galaico-português nesse tempo.
A histórica inicia-se no século XII, em que os textos ou documentos aparecem inteiramente redigidos em português. Anteriormente, a língua era apenas falada.
A época histórica comporta uma divisão em duas fases: a arcaica, (do século XII ao XVI) e a moderna (do século XVI para cá). No limiar desta fase, o fato literário de maior importância é a publicação de Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões. Constitui esta obra a verdadeira epopeia nacional portuguesa. Nela se acham retratados o espírito de aventura, a resistência no sofrimento, as qualidades guerreiras, o heroísmo, isto é, todas as grandes virtudes da nação portuguesa.
O século XVI apresenta-se como o verdadeiro século de ouro da literatura portuguesa. É que aparecem nele os maiores escritores que Portugal tem possuído. Os vários gêneros literários encontram então cultores importantíssimos. Surge também a gramática disciplinando a língua.
Basta citar na história João de Barros, Diogo do Couto e Damião de Góis; na tragédia, Antônio Ferreira; na comédia, o mesmo Ferreira, Sá de Miranda, Jorge de Vasconcelos e o imortal Camões; nos autos, Gil Vicente, Antônio Ribeiro Chiado e Antônio Prestes; nas viagens, Fernão Mendes Pinto; em assuntos morais e piedosos, fr. Amador Arrais, fr. Heitor Pinto e fr. Tomé de Jesus; no romance, Bernardim Ribeiro e Francisco de Morais; na gramática, Fernão de Oliveira e João de Barros; na poesia lírica, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e Diogo Bernardes; na poesia épica, o maior gênio da nacionalidade portuguesa – Luís de Camões, e Jerônimo Corte Real.
Com os novos descobrimentos, Portugal ampliou muito o império de sua língua, levando-a para os vastos territórios conquistados (África, América e Oceania). Na sua trajetória, a língua portuguesa conseguiu manter uma forte unidade, principalmente nas variantes da Europa e na América.
A partir do século XV, Portugal apresenta uma total unidade linguística, e o português se sobrepõe como língua representativa de uma nação e de um povo, completamente liberto de quaisquer resquícios galegos. Essa época corresponde também à notável expansão da língua portuguesa, graças à intrepidez dos grandes navegadores lusos (Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral) que, junto às conquistas portuguesas, levaram sua língua às mais longínquas partes do mundo.
Os descobridores portugues trouxeram para o Brasil a cultura e a língua portuguesa. Esta foi enriquecida com vocábulos de origem indígena, africana e de outros povos imigrantes.
A língua portuguesa é atualmente a quinta mais falada no mundo e com a globalização seu estudo em outros paises vem aumentando.

terça-feira, 3 de maio de 2011

A HISTÓRIA DO TRÂNSITO E A LINGUAGEM COMO CONDUTORA

Desde a antiguidade os romanos e gregos já sofriam o caos de um intenso trânsito, as ruas das cidades eram estreitas e havia grandes congestionamentos. Logo perceberam a necessidade de buscar alternativas para resolver o problema.
Os romanos criaram leis para regulamentar o trafego de veículos, proibindo a circulação em certas horas do dia, criando as primeiras sinalizações, marcos quilométricos e indicadores de sentido.
A partir desse momento percebe-se a importância da linguagem como fonte de comunicação entre a sociedade e suas necessidades. O trânsito é um elemento da sociedade, logo existe a necessidade de que este trânsito seja organizado e para que seja organizado é necessário fazer uso dos instrumentos lingüísticos.
Hoje nossas estradas não são as melhores do mundo, mas imagine a total ausência dos sinais, das placas indicando as direções, das marcas viárias, dos semáforos... Seria uma loucura se o homem não fizesse uso da linguagem para garantir um pouco mais de segurança no trânsito de veículos e pedestres.
A linguagem é um fator imprescindível para que o tráfego de veículos e pedestres possa fluir tranquilamente pelas vias públicas. De certa forma a linguagem é quem conduz o trânsito, porém é uma pena que o homem muitas vezes seja tão imprudente a ponto de ignorar placas, avisos e leis de trânsito.
Referência
Historia do Transito, acesso em
16/09/2010http://www.escoladetransito.se.gov.br/modules/tinyd0/index.php?id=12

A Linguagem como Fator de Exclusão Social

Desfrutar da linguagem permitiu ao homem usufruir de um imenso tesouro, a comunicação. E com este tesouro o homem pode avançar inúmeros territórios, conquistar riquezas e poder.
No entanto, a comunicação entre as pessoas encontra obstáculos devido as peculiaridades da língua, quando os códigos, símbolos e sons utilizados numa mesma comunidade lingüística não são compreendidos ou simplesmente passam a ser ignorados e desprezados.
Há muitas formas de uma pessoa ser excluída socialmente através da linguagem, entre elas, podemos destacar a maneira de falar, levando em consideração diferenças no linguajar e território.
O Brasil possui uma grande extensão territorial, nossa nação é constituída por povos de diferentes descendências e idiomas. E a variedade lingüística é a herança de um legado rico em cultura e costumes que estão presentes em nosso país.
“Apesar de pertencermos a uma mesma comunidade semiótica, há uma diversidade de domínios lingüísticos devido à diversidade das várias regiões que compõem o território brasileiro, onde predominam linguajares com suas características próprias” (FERREIRA, 1999)
Conforme as palavras de Ferreira, o Brasil é um aglomerado de diversos Português falado cada um com suas características próprias.
Muitas vezes as diversidades lingüísticas tornam-se obstáculos no âmbito social, revelando as dificuldades que determinados grupos encontram ao migrarem para outras regiões do nosso país.
Podemos observar o fato no Sudeste que freqüentemente recebe nordestinos em busca de condições melhores de vida, e estes são discriminados pela maneira como pronunciam as palavras.
Mas a questão social da linguagem vai além dos sotaques e variedades lingüísticas, aborda também as dificuldades que um indivíduo alfabetizado encontra ao redigir uma redação com coerência e coesão, ao interpretar um texto e expressar com palavras seus pensamentos e emoções.
Em muitas situações basta mais do que saber ler e escrever, como no ambiente de trabalho onde o profissional faz uso da linguagem para comunicação. A linguagem é fundamental para o desempenho de tarefas como, por exemplo, a elaboração de relatórios. Um profissional dotado de excelentes capacidades intelectuais, capacidade de convivência e trabalho em equipe, mas que encontra dificuldades para redigir um relatório, de certa forma acaba sentindo o efeito deste desvio. Este profissional pode sofrer constrangimentos diante dos seus superiores e colegas, pode perder oportunidades de promoção, sendo excluído pelas características de sua linguagem.
Há também o problema ocasionado pela falta de uma segunda língua, pois num mundo globalizado e cada vez mais exigente é fundamental o conhecimento e fluência em outro idioma. Um bom currículo que não especifica uma segunda língua pode perder pontos na hora da contratação.
Nossa vida e nossas relações sociais estão associadas à linguagem: a maneira como falamos, se utilizamos uma linguagem formal ou coloquial, se utilizamos gírias e palavras no sentido figurado; como escrevemos e se utilizamos uma linguagem objetiva ou literária, se escrevemos conforme as normas gramaticais ou se apenas escrevemos sem nos preocupar com acentos, parágrafos e concordâncias.
Falar bem e saber se comunicar é muito importante na vida das pessoas. Mas nem todo mundo consegue falar com clareza, às vezes por uma má formação e desempenho escolar, ou por problemas cognitivos, físicos e emocionais.
E muitas vezes estes fatores influenciam a exclusão, suprimindo as expectativas do indivíduo em relação à situação que ele estiver vivenciando.
A linguagem passa a ser um fator de exclusão social a partir do momento que a maneira do indivíduo se comunicar e pronunciar as palavras se torna alvo de discriminação e preconceito.
Em “A Magia da Linguagem” Edwiges Zaccur nos permite a seguinte reflexão:
O tema da linguagem é um dos temas da cultura e dos mais importantes, porque a linguagem tem a ver com a gente mesmo, com a identidade cultural, enquanto indivíduo e enquanto classe. Eu sou a minha linguagem; não tenho dúvida disso. É indispensável que a professora testemunhe ao menino popular que o jeitão dele dizer as coisas também faz sentido, é bonito e tem sua própria gramática, ainda que ela lhe ensine outra forma de escrever. (pag.17)
A sociedade deve rever seus conceitos sobre linguagem e como as pessoas utilizam a linguagem no cotidiano, nas verdadeiras necessidades. E o governo deve elaborar propostas na área da educação e mais do que discutir, deve trabalhar para termos um país rico em linguagem e cultura.

Referência
Ferreira, A.P. O Migrante na Rede do Outro. Ensaios sobre a Alteridade e Subjetividade. Editora TeCorá, 1999.
Zaccur, Edwiges (org). A Magia da Linguagem, Rio de Janeiro, Sepe/RJ/DP&A, 1999
A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA

O simples ato de ser reconhecido perante o mundo como um ser racional ecomo um cidadão que goza de direitos e deveres é fruto da inserção da linguagem nouniverso social.
Desde o registro civil a um diploma universitário, o indivíduo é quem a linguagem o determina, dando-lhe um nome, uma posição social, uma profissão e assim por diante.
Por meio da linguagem este indivíduo também expressa seus pensamentos e faz acontecer os seus interesses, manifestando suas emoções e intenções com palavras.
Louis Hjelmslev define a linguagem como:
“... o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade, seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base mais profunda da sociedade humana.”
(HJELMSLEV, 2003)
A linguagem permite ao homem, como cidadão e integrante de uma sociedade, o direito de falar e manifestar opiniões tanto de ordem pública como pessoal. O direito de escolher representantes políticos, de concordar e discordar de suas ações. Permite também o direito do homem se manter em silêncio quando este julgar necessário.
E a sociedade tem acesso aos seus direitos porque estes também estão estabelecidos através da linguagem, no caso escrita, em documentos oficiais.
Os três poderes da nossa nação: Legislativo, Executivo e Judiciário, exercem o poder e autoridade perante a integração entre si, e estão ancorados nos princípios prédeterminados
pela linguagem coloquial, pela necessidade básica e humana do povo.
Hoje, estes princípios estão convertidos em leis, que asseguram nossos direitos e deveres como cidadãos, garantindo nossas necessidades como civis, como consumidores, como crianças, como idosos, enfim, são inúmeras leis que existem para beneficiar e proteger o ser humano, com seu devido valor.
A linguagem é um fator para o exercício da cidadania, ela dá voz ao cidadão e voz a nação. Por exemplo, o ato de votar, quando o cidadão manifesta sua opinião utilizando a linguagem e a nação exerce a democracia, prevista em lei.
O ato de expressão dos interesses próprios ou coletivos depende da linguagem, porque somente ela tem voz para clamar e impor nossas vontades e necessidades. A linguagem contribui para a formação do cidadão e assegura seus direitos e deveres.

Referência
Hjelmslev, Louis. Prolegômenos a uma Teoria da Linguagem, São Paulo: Perspectiva,2003.

A Pedra Fundamental da Sociedade




A PEDRA FUNDAMENTAL DA SOCIEDADE

No processo em que o homem e a sua linguagem evoluíam, passando de gritos e ruídos para palavras carregadas de significados, os indivíduos puderam compreender e se comunicar uns com os outros desencadeando os princípios sociais.
Desde os primórdios da humanidade o homem usava a força física para impor seus desejos, padrões de comportamento e dominar os inimigos. Com a descoberta da linguagem, descobriu-se também o poder que a palavra é capaz de exercer sobre os outros, mesmo que ainda acompanhada de atitudes e gestos.
As palavras delineiam os princípios morais, éticos, os costumes e organizam o espaço comum dos grupos sociais. Através da comunicação o homem constrói desde pequenos vilarejos às grandes cidades, e esta construção só é possível porque há entendimento entre os integrantes que estão calcados nos mesmos ideais, temos então a sociedade.
Hayakawa define a sociedade como uma vasta rede de acordos mútuos, e estes acordos acontecem quando grupos decidem compartilhar os benefícios de viver em conjunto desfrutando da mão-de-obra, da proteção, da companhia e etc.
“O que denominamos sociedade é, com efeito, uma vasta rede de acordos mútuos. Concordamos em nos abster de matar os nossos concidadãos, e eles, por sua vez, concordam em se abster de nos matar; concordamos em guiar na mão direita da estrada, e os outros concordam em fazer o mesmo; concordamos em entregar mercadorias especificadas, e os outros concordam em nos pagar por elas; concordamos em observar os regulamentos da organização, e a organização concorda em consentir que desfrutemos dos seus privilégios... Na ausência de tais acordos, não existiria coisa tal como a sociedade.”(
HAYAKAWA, pag. 85)
As palavras de Hayakawa evidenciam a conduta do homem no universo social,grupos de pessoas decidem viver em conjunto respeitando leis e regras prédeterminadas.
Continuando com o pensamento de Hayakawa podemos perceber como nós,seres humanos, impomos os padrões de comportamento uns aos outros.
“... a fim de continuarmos a existir como seres humanos, é nos misterimpor padrões de comportamento uns aos outros. É nos mister fazer com que os cidadãos se conformem aos costumes sociais e cívicos; énos mister fazer soldados corajosos, os juízes justos, os sacerdotes
religiosos, e os professores solícitos pela felicidade de seus alunos
”.(HAYAKAWA, pag. 86)
O ato de se comunicar permite difundir o conhecimento, experiências, exigir benefícios, dividir tarefas, compartilhar companhia e proteção.
“O homem desenvolveu não apenas a linguagem, mas também os meios de fazer em tabuinhas de argila, em pedaços de madeira ou pedra, em peles de animais e no papel, sinais e rabiscos habilitam-no a comunicar-se com pessoas que, tanto no tempo como no espaço, se
encontram para além do alcance de sua voz.”
(HAYAKAWA, pag. 06)
A linguagem é um fator essencial para a organização da sociedade, como também é a pedra fundamental na edificação de todos os princípios que englobam uma sociedade.
Através da comunicação e interação entre os indivíduos consolidam-se os fatores para o crescimento e fortalecimento dos diferentes grupos de pessoas.

Referência

Samuel Ichiey Hayakawa, A Linguagem no Pensamento e na Ação, Livraria Pioneira
Editora São Paulo, 1972.
UMA REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA E A LINGUAGEM



Pensar em língua no geral remete-nos lembrar dos inúmeros idiomas espalhados pelo mundo e até mesmo no órgão fisiológico. Mas quando olhamos para a língua com a visão de Saussure a definição passa ser mais ampla, ela consiste num conjunto de signos e significados que articulam os interesses dos homens.
Seria então a língua a precursora dos grandiosos feitos e obras da humanidade, pois por meio das palavras é que os homens exercem entre si a autoridade e se organizam para viver socialmente.
A língua é um mecanismo da linguagem, constitui-a como parte fundamental.
Como Saussure define, a língua é a parte social da linguagem e não cabe ao homem por si só criá-la ou modificá-la, ela existe em virtude da comunidade, é um instrumento de comunicação entre as pessoas através dos conjuntos de signos.
“ Ela é um objeto bem definido no conjunto heteróclito dos fatos da linguagem. Pode-se localizá-la na porção determinada do circuito em que uma imagem auditiva vem associar-se a um conceito...”
(SAUSSURE, pag.22)
Os signos da língua são tangíveis, podendo ser representados pela escrita e a imagem acústica traduz-se numa imagem visual constante.
Enquanto a língua é uma instituição social que exprime idéias, a linguagem constitui a expressão da natureza humana, a necessidade humana de se manifestar perante o mundo.
“... poder-se-ia objetar que o exercício da linguagem repousa numa faculdade que nos é dada pela Natureza, ao passo que a língua constitui algo adquirido e convencional,...”
(SAUSSURE, pag.17)
Para Saussure a linguagem tem um lado individual e outro social, sendo impossível conceber um sem o outro. A linguagem é heterogênea, tem muitas formas e sentidos, pode se manifestar de maneira física, fisiológica e psíquica.
A ciência acredita que a linguagem começou a se desenvolver por volta de 1,5milhões de anos atrás. Os estudos fósseis fazem supor que o primeiro hominídeo já se comunicava por meio de sons intencionais, nascia os primeiros passos para a verbalização da linguagem e somente há 40 mil anos a linguagem conquistou seu processo definitivo.
Marilena Chauí destaca a obra de Rousseau, Ensaio sobre a Origem das Línguas, onde o autor considera que a linguagem nasce da necessidade de comunicação.
“Desde que um homem foi reconhecido por outro como um ser sensível, pensante e semelhante a si próprio, o desejo e a necessidade de comunicar lhe seus sentimentos e pensamentos fizeram-no buscar meios para isso.” (CHAUÍ, 2000)
A capacidade de comunicação desencadeou as condições necessárias para a instituição da sociedade, a partir do momento em que o homem pode expressar os seus pensamentos e necessidades constituindo os princípios morais e éticos.
Portanto a linguagem e a sociedade possuem uma relação, uma não existe sem a outra. Os indivíduos são unidos pela linguagem e reproduzem-na por palavras, por gestos, pelas artes plásticas, pela música, pelas expressões faciais, por símbolos; enfim, uma diversidade de possibilidades para o homem manifestar seus pensamentos e intenções.
“... a linguagem é um fenômeno social, e a cooperação cultural e intelectual constitui o grande princípio da vida humana.” (HAYAKAWA)
A língua é um instrumento da linguagem e a linguagem é um instrumento natural do homem, ambas contribuindo para a consolidação da sociedade.

Referências


Marilena Chaui, Convite a Filosofia, Editora Àtica, 2000.
Ferdinand Saussure, Curso de Lingüística Geral, Editora Cultrix
Samuel Ichiey Hayakawa, A Linguagem no Pensamento e na Ação, Livraria Pioneira
Editora São Paulo, 1972.