sexta-feira, 8 de julho de 2011

Diversidade de Línguas Faladas no Brasil

O Português é o idioma oficial do Brasil, mas o território nacional é composto por diversas etnias que falam cerca de 200 línguas diferentes.
Existem 180 línguas indígenas faladas por cerca de 160.000 pessoas. De acordo o lingüista Aryon Rodrigues, da UnB, 87% das línguas indígenas estão ameaçadas de “morte” – encaixam-se nessa categoria as línguas com¬¬ 10 ¬¬000¬ falantes ou menos. Se um idioma tem só um falante, ele já é considerado morto, pois essa pessoa não tem mais ninguém para conversar em sua língua.
Consideramos também as línguas de imigração, como o alemão, árabe, japonês, italiano, falares afro-brasileiros e outras similares; além, ainda, da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Tucuna (40 000 falantes)
É a língua indígena mais conservada do Brasil. Os tucunas, habitantes da região do alto Solimões, no Amazonas, aprendem sua língua nativa em escolas públicas – onde os professores são, em sua maioria, não-índios.
Macu (1 falante)
Não se sabe por onde anda o único falante, Sinfrônio Makú, de mais de 70 anos. A última notícia que se teve dele é que trabalhava como jardineiro em Boa Vista, Roraima.
Xipaia (1 falante)
Maria Xipáya, de Altamira, Pará, é a última falante. Ela é uma idosa que nem sabe a própria idade. A língua está sendo dicionarizada pela lingüista Carmen Lúcia Rodrigues, da UFPA.
Embiá (10 000 falantes)
O embiá é uma variante do guarani falada em 7 estados: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, além de Argentina e Paraguai. Os falantes do embiá também se comunicam em português.
Xetá (1 falante)
Mais uma língua prestes a sumir do mapa: o índio Kwen, de aproximadamente 80 anos, é o único falante. Ele mora em Laranjeiras do Sul, Paraná.
Nheengatu (3 000 falantes)
Conhecida como a língua geral amazônica – era usada por índios de diferentes etnias, além de caboclos –, é derivada do tupinambá. O idioma foi adotado pelo povo baré, do Amazonas, após o sumiço da própria língua.
Puruborá (0 falante)
Todas as pessoas que sabiam falar o idioma puruborá já morreram. Os índios da tribo, em Roraima, falam o português, mas alguns ainda conhecem poucas palavras da língua de seu povo.

Fonte. http://super.abril.com.br/superarquivo/2007/conteudo_519768.shtml

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Funções das Palavras

As palavras se relacionam entre si dentro de uma oração,exercendo diversos tipos de funções.
São 11 as funções das palavras:
1. SUJEITO
2. PREDICADO
3. OBJETO DIRETO
4. OBJETO INDIRETO
5. PREDICATIVO
6. COMPLEMENTO NOMINAL
7. AGENTE DA PASSIVA
8. ADJUNTO ADNOMINAL
9. ADJUNTO ADVERBIAL
10. APOSTO
11. VOCATIVO

terça-feira, 5 de julho de 2011

Literatura Grega - A Comédia

A comédia antiga é a expressão teatral do senso de humor. Aristófanes aplicou esse princípio, ocupando-se de personagens grandiosos e humildes. Divertidas, suas comédias atacavam personagens, tendências e ideologias da vida pública e cultural. Sua obra era um espelho, no qual o público podia contemplar os próprios defeitos.


Riso e crítica

Aristófanes dirigia críticas inclusive a seus companheiros. Em As Festas de Deméter, ataca Eurípides e sua 'modernidade'. E não poupou os filósofos: em As Nuvens, investe contra a nova filosofia encarnada na pessoa de Sócrates. Suas obras mais importantes: Lisístrata, As Nuvens e As Rãs.


Para lembrar:
Aristófanes utilizou suas obras para expressar sua crítica à sociedade. Era considerado por seus contemporâneos o principal representante da comédia.


A comédia nova

Gênero que dispensou o coro e passou a satirizar os indivíduos. Teve grande influência sobre a comédia romana, que se tornou quase uma cópia direta desse gênero. Seu principal expoente foi Menandro, poeta cujas obras têm sempre um final feliz – a bondade sempre triunfa e o espectador ganha uma lição de moral. Menandro utiliza personagens típicos da realidade cotidiana e os põe em ridículo.

Literatura Grega - A Tragédia

O gênero mais característico da Atenas clássica surgiu para ser representado nos festivais em honra a Dioniso, deus do vinho.

A tragédia é a expressão do ser humano desesperado, que luta contra tudo, mas não pode evitar a desgraça.

Os autores e os atores tinham grande destaque social e eram sustentados pela cidade para apresentar suas trilogias no Festival Dionisíaco. O coro tinha papel fundamental: comentava a ação, dialogando com os protagonistas, ou atuava como a voz de sua consciência.

Ésquilo
Primeiro grande autor trágico, introduziu um segundo ator nas representações. Escreveu mais de 80 obras. A única trilogia trágica completa que conhecemos é a sua Orestíada, baseada nos temas narrados por Homero na Ilíada e na Odisseia. Ésquilo via o autor como um educador. Achava que o espectador devia ver os atores em cena sofrerem, compreender os protagonistas e purificar suas próprias paixões. Ocorreria assim a catarse.

Sófocles
Continuador da obra de Ésquilo. Concentrava a ação em um só personagem, em seu caráter e traços de personalidade. Sua Antígona introduz a ideia da liberdade do homem para tomar decisões próprias diante da pressão social. Édipo Rei apresenta, segundo Sigmund Freud (o pai da Psicanálise), 'o drama de todos nós'.

Eurípides
Revolucionou a técnica teatral. Seus personagens não eram os heróis inspirados nos temas de Homero. Preocupava-se não tanto com o destino, como Ésquilo, quanto com as reações humanas. Suas obras refletem as controvérsias intelectuais, políticas e éticas do momento. Seus dramas Electra, Hipólito e Medeia estão mais perto da vida real do que as obras de Ésquilo ou Sófocles.

Para lembrar:
Aristóteles disse que Sófocles retratava os homens 'como deveriam ser', ao passo que Eurípides os retratava 'como eles são'

A Didática e a Prosa

Esopo foi muito popular na Atenas do século V a.C. Escreveu mais de 400 fábulas, nas quais ensinava sobre o bem e o mal, os valores positivos e os negativos.
Utilizou figuras de animais, que assumiam as virtudes e os defeitos próprios do ser humano.

Esopo influenciou as fábulas romanas, sobretudo as de Fedro e, mais tarde, na França, as de La Fontaine.

A grande obra – Nasceu na Grécia a primeira grande obra em prosa de todos os tempos: os nove livros da História de Heródoto. Escrita para salvar do esquecimento os feitos heroicos dos gregos e as razões de suas guerras.

Obra-modelo – Outro historiador, Tucídides, escreveu a História da Guerra do Peloponeso, que, por seu estilo e rigor, ainda hoje é um modelo para os historiadores.


O 'Século de Ouro'

O 'Século de Ouro' estendeu-se do século V a quase todo o século IV a.C. Representou a época de maior grandeza da cultura ateniense. A literatura, como as demais manifestações artísticas, teve seu centro em Atenas, para onde se dirigiam autores e intelectuais de toda a Grécia. O teatro atingiu todo o seu esplendor e apareceram novos gêneros, como a tragédia e a comédia.

Literatura Grega - A Lírica

Baseia-se na expressão de sentimentos. O ritmo e a melodia são essenciais nessa poesia. Também realizavam-se danças e cantos coletivos, celebrando a vitória de um atleta nos jogos, louvando os deuses ou acompanhando as cerimônias fúnebres.

Poetas Líricos

• Píndaro – Compôs poemas densos e profundos. Suas imagens, de grande força, exigem concentração para ser compreendidas.


Píndaro, o 'Poeta dos Jogos', nos legou informações valiosas sobre os Jogos Olímpicos, símbolo do amor dos gregos pelo esporte e pela beleza do corpo masculino. Píndaro fez disso um tema literário, com odes aos vencedores e ao esforço humano para superar a si mesmo.


• Safo – A poetisa da ilha de Lesbos foi um modelo de singeleza. Sua poesia, de cunho homossexual, era simples e íntima.

• Simônides – Pessimista, preocupado com as limitações e com o sofrimento do ser humano.

• Anacreonte – Foi o poeta do vinho, do prazer e do otimismo. Para ele, a felicidade baseava-se na saúde, no dinheiro e na amizade.

• Alceu – Autor de poemas políticos e de convites para desfrutar dos prazeres do vinho e do amor.

Literatura Grega - A Épica

A literatura grega divide-se em três grandes gêneros: a poesia épica, que recria os heróis e suas façanhas; a poesia lírica, proveniente dos antigos hinos dedicados aos deuses pelos gregos; e o teatro, que nasceu quando as danças e as canções começaram a ser executadas em um cenário. O teatro grego deu origem à tragédia e à comédia.

A épica

Está relacionada com o ambiente em que surgiu. Os aqueus, um povo guerreiro, invadiram a atual Grécia e a ilha de Creta. Suas atividades eram a guerra e o saque. O mais importante era ganhar fama e demonstrar valentia. A poesia glorificava seus feitos. Os bardos, ou recitadores, declamavam seus poemas em festas e cerimônias.

• Homero – A transmissão oral da poesia preservou, por séculos, a recordação das façanhas dos nobres aqueus. Surgiu então a figura de Homero. Acredita-se que viveu entre os séculos IX e VIII a.C., na cidade de Esmirna (hoje Izmir). Homero recolheu e ampliou a poesia cantada criada pela coletividade. Seus heróis, como Aquiles e Odisseu (Ulisses), eram cruéis e sanguinários na guerra, mas justos e generosos na paz. São eles os protagonistas das grandes obras atribuídas a Homero: a Ilíada e a Odisseia.

• Hesíodo – Tratou da origem do mundo e dos deuses em sua obra Teogonia. Pregou também contra a maldade dos homens que se opunham à justiça e às leis de Zeus, pai dos deuses. Diz-se que Hesíodo, preocupado com as emoções do homem e desprezando a guerra, propiciou o surgimento da poesia lírica. Outra obra sua de grande importância é Os Trabalhos e os Dias, poema didático e moral.

Literatura Grega - Introdução

Por que os gregos tratavam seus deuses como se fossem homens?
A literatura grega passou por diversas etapas e produziu diferentes gêneros ao longo de sua história. No princípio cantava as façanhas dos heróis, suas vitórias e derrotas, e seu pranto pelo companheiro morto. Depois, os deuses protagonizaram histórias de amor e inveja, diversão e ciúme. Tinham aspecto humano, sentiam e agiam como os mortais. Mais tarde, o teatro passou a ver o ser humano de todas as perspectivas: trágica, cômica etc. O teatro grego tinha como propósito fundamental emocionar o público, convencendo-o de que aquilo que acontecia em cena podia ocorrer também na vida real.

Acompanhe as postagens seguintes e divirta-se desvendando os mistérios da literatura grega.

A Lebre e a Tartaruga

Um dia a lebre começou a discutir com a tartaruga e disse coisas muito chatas, como: a sua perna é muito curta, você é muito pesada e por isso não pode correr! – entre outras coisas.

A tartaruga apenas sorriu e disse:

- Você acha que pode ser mais rápida, mas eu posso te vencer em uma corrida, você duvida?

A lebre que não gostava de admitir que poderia estar errada e aceitou o desafio da corrida, pois estava certa de que ganharia facilmente da tartaruga.

Chamaram a raposa para ser a juíza e determinaram o percurso que fariam.

As duas, lebre e tartaruga partiram juntas do local que marcaram para ser o início, mas a lebre muito certa de que ganharia a corrida por conta de sua velocidade, parou no meio do caminho para descansar um pouco, afinal, a tartaruga andava muito devagar, e por isso demoraria muito tempo para alcançá-la, assim, dormiu tranquilamente.

Quando a lebre acordou, já não adiantava mais tentar correr. A tartaruga, que não tinha parado nem um pouquinho, havia concluído o percurso e ganho a corrida! Merecidamente, agora descansava tranquila depois de sua vitória contra a lebre.


Moral da História: Devagar se vai ao longe.
(Adaptação da obra de Esopo)