sexta-feira, 29 de junho de 2012

História do Latim

O latim surgiu em tempos pré históricos na região central da Itália, o Lácio, mas adquiriu estrutura gramatical e literária somente no século III a. C. Era falada a princípio apenas pelos habitantes da região central da península Itálica e com as conquistas romanas se difundiu pela Europa, norte da Africa e Ásia ocidenal. Em lugares de pouca cultura o latim foi divulgado pelos soldados romanos e ensinado nas escolas.
 Podemos dividir o latim:

  • Arcaico ( séc. III - séc. I a. C.) Registros de isncrições antigas em monumentos e objetos. Surgem autores como: Plauto e Terêncio (comediógrafos), Catão ( tratadista) e Ênio (poeta).
  • Clássico ( séc. I a. C. - ano 14 d. C.) Idade dourada da literatura latina. Cícero (orador). César (cronista) Tito Lívio (historiador), etc.
  • Pós Clássico (séc. I - séc. II d. C.) Autores: Pedro, Sêneca, Petrônio, Marcial etc.
Latim Tardio - Do séc. II ao V d. C. , inicia -se a Vulgata  de São Gerônimo e as obras de Santo Agostinho.

Latim Vulgar - Língua falada pelo povo, chamada de sermo vulgaris. Apresentava um vocabulário simples, não-erudito, com elementos de idiomas estrangeiros.

A expansão do Império Romano espalhou o latim por toda a Europa e o latim vulgar terminou por dialetar-se, com base no lugar em que se encontrava o falante. O latim vulgar evoluiu gradualmente de modo a tornar-se cada uma das distintas línguas românicas, um processo que continuou pelo menos até o século IX. Tais idiomas mantiveram-se por muitos séculos como línguas orais, apenas, pois o latim ainda era usado para escrever. Por exemplo, o latim foi a língua oficial de Portugal até 1296, quando foi substituído pelo português. Estas línguas derivadas, como o italiano, o francês, o espanhol, o português, o catalão e o romeno, floresceram e afastaram-se umas das outras com o tempo. Dentre as línguas românicas, o italiano é a que mais conserva o latim em seu vocabulário, enquanto que o sardo é o que mais preserva a fonologia latina. Embora não seja uma língua românica, o inglês sofreu forte influência do latim. Sessenta por cento do seu vocabulário são de origem latina, em geral por intermédio do francês.  


Irmãos Grimm


Os irmãos Grimm , Jacob nascido em 4 de janeiro de 1785 e falecido em 20 de setembro de 1863 e Wilhelm nascido em 24 de fevereiro de 1786 e falecido em 16 de dezembro de 1859, foram dois alemães que se dedicaram ao registro de várias fábulas infantis, baseadas em lendas e contos orais. Também deram grandes contribuições à língua alemã com um dicionário (O Grande Dicionário Alemão - Deutsches Wörterbuch) e estudos de linguística e folclore.
É de autoria dos irmãos Grimm histórias como: João e Maria, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, O Princípe Sapo, Cinderela , O Ganso de Ouro e muitos outros...


Cinderela - Irmãos Grimm


Há muito tempo, aconteceu que a esposa de um rico comerciante adoeceu gravemente e sentindo seu fim se aproximar chamou sua única filha e disse:

- Querida filha, continue piedosa e boa menina que Deus a protegerá sempre. Lá do céu olharei por você e estarei sempre a seu lado. Mal acabou de dizer isso, fechou os olhos e morreu.

A jovem ia todos os dias no túmulo da mãe, sempre chorando muito. Veio o inverno, e a neve cobriu o túmulo com seu alvo manto.
Chegou a primavera e o sol derreteu a neve. Foi então que o viúvo resolveu se casar outra vez. A nova esposa trouxe suas duas filhas, ambas bonitas, mas só exteriormente. As duas tinham a alma feia e cruel. A partir desse momento dias difíceis começaram para a pobre enteada.

- Essa imbecil não vai ficar no quarto conosco! - Reclamaram as moças. O lugar dela é na cozinha! Se quiser comer pão, que trabalhe!

Tiraram-lhe o vestido bonito que ela usava, obrigaram-na a vestir outro, velho e desbotado e a calçar tamancos.

- Vejam só como está toda enfeitada a orgulhosa princesinha de antes! - disseram a rir levando-a para a cozinha.

A partir de então, ela foi obrigada a trabalhar, da manhã à noite, nos serviços mais pesados. Tinha que se levantar de madrugada para ir buscar água e acender o fogo. Só ela cozinhava e lavava os pratos para todos.
Como se tudo isso não bastasse, as irmãs caçoavam dela e a humilhavam. Espalhavam lentilhas e feijões nas cinzas do fogão e obrigavam-na a catar um a um. À noite, exausta de tanto trabalhar, a jovem não tinha onde dormir e era obrigada a se deitar nas cinzas do fogão. E como andasse sempre suja e cheia de cinza só a chamavam de Cinderela.
Uma vez, o pai resolveu ir a uma feira. Antes de sair, perguntou às enteadas o que desejavam que ele trouxesse.

- Vestidos bonitos, disse uma.

- Pérolas e pedras preciosas, disse a outra.

- E você, Cinderela, o que vai querer? - perguntou o pai.

- No caminho de volta, pai, quebre o primeiro ramo que bater no seu chapéu e traga-o para mim.

Ele partiu para a feira, comprou vestidos bonitos para uma das enteadas, pérolas e pedras preciosas para a outra e, de volta para casa, quando cavalgava por um bosque, um ramo de aveleira bateu no seu chapéu. Ele quebrou o ramo e levou-o. Chegando em casa, deu às enteadas o que haviam pedido e à Cinderela, o ramo de aveleira.
Ela agradeceu, levou o ramo para o túmulo da mãe, plantou-o ali, e chorou tanto que suas lágrimas regaram o ramo. Ele cresceu e se tornou uma aveleira linda.

Três vezes, todos os dias, a menina ia chorar e rezar embaixo dela. Sempre que a via chegar, um passarinho branco voava para a árvore e, se a ouvia pedir baixinho alguma coisa, jogava-lhe o que ela havia pedido.
Um dia, o rei mandou anunciar uma festa, que duraria três dias. Todas as jovens bonitas do reino seriam convidadas, pois o filho dele queria escolher entre elas aquela que seria sua futura esposa. e quando souberam que também deveriam comparecer, as duas filhas da madrasta ficaram contentíssimas.

- Cinderela! Venha pentear nosso cabelo, escovar nossos sapatos e nos ajudar a vestir, pois vamos a uma festa no castelo do rei!

Cinderela obedeceu chorando, porque ela também queria ir ao baile. Perguntou à madrasta se poderia ir, e esta respondeu:

- Você Cinderela! Suja e cheia de pó está querendo ir à festa? Como vai dançar se não tem roupa nem sapatos?

Mas Cinderela insistiu tanto que afinal ela disse:

- Está bem. Eu despejei nas cinzas do fogão um tacho cheio de lentilhas. Se você conseguir catá-las todas em duas horas, poderá ir.

A jovem saiu pela porta dos fundos, correu para o quintal e chamou:

- Mansas pombinhas e rolinhas... Passarinhos do céu inteiro, venha me ajudar a catar lentilhas! As boas vão para o tacho, as ruins para o seu papo!

Logo entraram pela janela da cozinha duas pombas brancas; a seguir, vieram ás rolinhas e, por último, todos os passarinhos do céu chegaram numa revoada e pousaram nas cinzas. As pombas abaixavam a cabecinha e apanhavam os grãos bons e deixavam cair no tacho. As outras avezinhas faziam o mesmo. Não levou nem uma hora, o tacho ficou cheio e as aves todas voaram para fora.
Cheia de alegria, a menina pegou o tacho e levou para a madrasta, certa de que agora poderia ir à festa. Porém a madrasta disse:

- Não, Cinderela. Você não tem roupa e não sabe dançar. Só serviria de caçoada para os outros.

Como a menina começou a chorar, ela propôs:

- Se você conseguir catar dois tachos de lentilhas nas cinzas em uma hora poderá ir conosco, enquanto pensava consigo mesma:

“Isso ela não vai conseguir”.

Assim que a madrasta acabou de espalhar os grãos nas cinzas, Cinderela correu para o quintal e chamou:

- Mansas pombinhas e rolinhas... Passarinhos do céu inteiro, venha me ajudar a catar lentilhas! As boas vão para o tacho, as ruins para o seu papo!

E entraram pela janela da cozinha duas pombas brancas; a seguir vieram as rolinhas e, por último, todos os passarinhos do céu chegaram numa revoada e pousaram nas cinzas.
As pombas abaixavam a cabecinha e apanhavam os grãos bons e deixavam cair no tacho. Os outros pássaros faziam o mesmo. Não passou nem meia hora, e os dois tachos ficaram cheios. As aves se foram voando pela janela.
Então, a menina levou os dois tachos para a madrasta, certa de que, desta vez, poderia ir à festa, porém, a madrasta disse:

- Não adianta Cinderela! Você não vai ao baile! Não tem vestido, não sabe dançar e só nos faria passar vergonha!

E, dando-lhe as costas, partiu com suas orgulhosas filhas. Quando ficou sozinha, Cinderela foi ao túmulo da mãe e embaixo da aveleira disse:

- Balance e se agite árvore adorada, cubra-me toda de ouro e prata!

Então um pássaro branco jogou para ela um vestido de ouro e prata e sapatos de seda bordados também de prata. Cinderela se vestiu a toda pressa e foi para a festa. Estava tão linda, no seu vestido dourado que nem as irmãs nem a madrasta a reconheceram. Pensaram que fosse uma princesa estrangeira. Para elas Cinderela só poderia estar em casa catando lentilhas nas cinzas.
Logo que a viu, o príncipe veio a seu encontro e, pegando-lhe a mão, levou-a para dançar. Só dançou com ela, sem largar de sua mão por um instante. Quando alguém a convidava para dançar, ele dizia:

- Ela é minha dama.

Dançaram até altas horas da noite e até que Cinderela quis voltar para casa.

- Eu a acompanho, disse o príncipe.

Na verdade ele queria saber a que família ela pertencia, mas Cinderela conseguiu escapar dele, correu para casa e se escondeu no pombal. O príncipe esperou o pai dela e contou-lhe que a jovem desconhecida tinha saltado para dentro do pombal.

“Deve ser Cinderela…”, pensou o pai. E mandou vir um machado para arrombar a porta do pombal, mas não havia ninguém lá dentro. Quando chegaram a casa encontraram Cinderela com suas roupas sujas, dormindo nas cinzas à luz mortiça de uma lamparina.
A verdade é que, assim que entrou no pombal, a menina saiu pelo lado de trás e correu para a aveleira. Ali, rapidamente tirou seu belo vestido e deixou-o sobre o túmulo. Veio o passarinho, apanhou o vestido e levou-o. Ela vestiu novamente seu vestidinho velho e sujo, correu para casa e se deitou nas cinzas da cozinha.
No dia seguinte, o segundo dia da festa, quando os pais e as irmãs partiram para o castelo, Cinderela foi até a aveleira e disse:

- Balance e se agite árvore adorada, cubra-me toda de ouro e prata!

E o pássaro atirou para ela um vestido ainda mais bonito que o da véspera. Quando ela entrou no salão, assim vestida, todos ficaram pasmados com sua beleza.
O príncipe, que a esperava, tomou-lhe a mão e só dançou com ela. Quando alguém convidava a jovem para dançar, ele dizia:

- Ela é minha dama.

Já era noite avançada quando Cinderela quis ir embora e o príncipe seguiu-a para ver em que casa entraria. A jovem seguiu seu caminho e inesperadamente entrou no quintal atrás da casa. Ágil como um esquilo subiu pelos falhos de uma frondosa pereira carregada de frutos que havia ali. O príncipe não conseguiu descobri-la e quando viu o pai dela chegar, disse:

- A moça desconhecida escondeu-se nessa pereira.

“Deve ser Cinderela”, pensou o pai. Mandou buscar um machado e derrubou a pereira, mas não encontraram ninguém. Como na véspera Cinderela já estava na cozinha dormindo nas cinzas, pois havia escorregado pelo outro lado da pereira, correra para a aveleira e devolvera o lindo vestido ao pássaro. Depois, vestiu o feio vestidinho de sempre, e correu para casa.

No terceiro dia, assim que os pais e as irmãs saíram para a festa Cinderela foi até o túmulo da mãe e pediu à aveleira:

- Balance e se agite árvore adorada, cubra-me toda de ouro e prata!

E o pássaro atirou-lhe o vestido mais suntuoso e brilhante jamais visto, acompanhado de um par de sapatinhos de cristal. Ela estava tão linda, tão linda que quando chegou ao castelo todos emudeceram de assombro. O príncipe só dançou com ela e como das outras vezes dizia a todos que vinham tirá-la para dançar:

- Ela é minha dama.

Já era noite alta quando Cinderela quis voltar para casa. O príncipe tentou segui-la, mas ela escapuliu tão depressa que ele não pode alcançá-la. Dessa vez, porém, o príncipe usou um estratagema: untou com piche um degrau da escada e quando a moça passou o sapato do pé esquerdo ficou grudado. Ela deixou-o ali e continuou correndo. O príncipe pegou o sapatinho: era pequenino, gracioso e todo de cristal.
No outro dia, de manhã, ele procurou o pai e disse:

- Só me casarei com a dona do pé que couber neste sapato.

As irmãs de Cinderela ficaram felizes e esperançosas quando souberam disso, pois tinham pés delicados e bonitos. Quando o príncipe chegou à casa delas a mais velha foi para o quarto acompanhada da mãe e experimentou o sapato, mas por mais que se esforçasse não conseguia meter dentro dele o dedo grande do pé. Então a mãe deu-lhe uma faca, dizendo:

- Corte fora o dedo. Quando você for rainha, vai andar muito pouco a pé.

Assim fez a moça. O pé entrou no sapato e disfarçando a dor ela foi ao encontro do príncipe. Ele recebeu-a como sua noiva e levou-a na garupa do seu cavalo. Quando passavam pelo túmulo da mãe de Cinderela, duas pombas pousaram na aveleira e cantaram:

- Olhe para trás! Olhe para trás! Há sangue no sapato que é pequeno demais! Não é a noiva certa que vai sentada atrás!

O príncipe virou-se, olhou o pé da moça e logo viu o sangue escorrendo do sapato. Fez o cavalo voltar e levou-a para a casa dela. Chegando lá, ordenou à outra filha da madrasta que calçasse o sapato. Ela foi para o quarto e calçou-o. Os dedos do pé entraram facilmente, mas o calcanhar era grande demais e ficou de fora. Então, a mãe deu-lhe uma faca dizendo:

- Corte fora um pedaço do calcanhar. Quando você for rainha, vai andar muito pouco a pé.

Assim fez a moça. O pé entrou no sapato e, disfarçando a dor, ela foi ao encontro do príncipe. Ele aceitou-a como sua noiva e levou-a na garupa do seu cavalo. Quando passavam pela aveleira duas pombinhas pousaram num dos ramos e cantaram:

- Olhe para trás! Olhe para trás! Há sangue no sapato que é pequeno demais! Não é a noiva certa que vai sentada atrás!

O príncipe olhou o pé da moça, viu o sangue escorrendo e que a meia branca estava vermelha de sangue. Então virou seu cavalo, levou a falsa noiva de volta para casa e disse ao pai:

- Esta também não é a verdadeira noiva. Vocês não têm outra filha?

- Não!- respondeu o pai. A não ser a pequena Cinderela, filha de minha falecida esposa, mas é impossível que seja ela a noiva que procura.

O príncipe ordenou que fosse buscá-la.

- Oh, não! Ela está sempre muito suja! Seria uma afronta trazê-la a vossa presença, protestou a madrasta.

Porém o príncipe insistiu, exigindo que ela fosse chamada. Depois de lavar o rosto e as mãos ela veio, curvou-se diante do príncipe e pegou o sapato de ouro que ele lhe estendeu. Sentou-se num banquinho, tirou do pé o pesado tamanco e calçou o sapato, que lhe serviu como uma luva. Quando ela se levantou o príncipe viu seu rosto e reconheceu logo a linda jovem com quem havia dançado.

- É esta a noiva verdadeira! - exclamou feliz.

A madrasta e as filhas levaram um susto e ficaram brancas de raiva. O príncipe ergueu Cinderela, colocou-a na garupa do seu cavalo e partiram. Quando passaram pela aveleira, as duas pombinhas brancas cantaram:

- Olhe pare trás! Olhe pare trás, não há sangue no sapato que serviu bem demais! Essa é a noiva certa. Pode ir em paz!

E quando acabaram de cantar elas voaram e pousaram, uma no ombro direito de Cinderela a outra no esquerdo, ali ficando.
Quando o casamento de Cinderela com o príncipe se realizou, as falsas irmãs foram à festa. A mais
velha ficou à direita do altar, e a mais nova, à esquerda. Subitamente, sem que ninguém pudesse impedir a pomba pousada no ombro direito da noiva voou para cima da irmã mais velha e furou-lhe os olhos. A pomba do ombro esquerdo fez o mesmo com a mais nova, e ambas ficaram cegas para o resto de suas vidas.

Irmãos Grimm

terça-feira, 19 de junho de 2012

Conjunções e os Concursos

Em provas de concursos púbicos e vestibulares sempre cai questões sobre conjunções. O enunciado pede para substituirmos a conjunção por outra do mesmo valor sem modificar o sentido da frase. Para que possamos resolver o exercício é necessário conhecer muito bem as conjunções, interpretar corretamente o enunciado e identificar se oração é coordenada ou subordinada. Identificando as orações eu sei a qual grupo ela pertence.
As conjunções podem ser Coordenativas - ligam orações coordenadas.
  • Aditivas - e, nem, mas, também, mas ainda
  • Adversativas - mas, contudo, no entanto, porém, todavia, entretanto
  • Alternativas - ou, ora...ora, nem, quer...quer, seja
  • Conclusivas - pois(apos o verbo), assim, então, logo, portanto, por isso
  • Explicativas - que, porque, porquanto, pois(antes do verbo)
As conjunções Subordinativas são aquelas que ligam orações subordinadas.

  • Causais - porque, pois, que, um vez que, como, desde que, visto que
  • Comparativas - que, do que, qual, como, assim como, bem como
  • Concessivas - embora, conquanto, mesmo quando, apesar de, posto que
  • Condicionais - se, caso, contanto que, salvo se, desque que
  • Conformativas - conforme, segundo, consoante, como
  • Finais - a fim de que, para que, porque
  • Integrantes - que, se
  • Proporcionais - à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos
  • Temporais - quando, logo que, agora que, desde que, toda vez que

 Vamos analisar uma questão:

EX. "Correu a telefonar de uma confeitaria para a residência do chefe, mas o chefe pescava em Mangaratiba." Assinale a alternativa que o elemento coesivo mas poderia ser substituído sem prejuízo por qualquer um dos listados abaixo, exceto:

A)     Porém
B)      Todavia
C)      Contudo
D)     Conquanto

O termo mas liga as orações estabelecendo uma relação de oposição. Trata-se de uma conjunção coordenada adversativa. Porém, todavia, contudo também representam uma relação de oposição, sendo assim também conjunção coordenada adversativa.

Conquanto é uma conjunção subordinada concessiva, se refere a um acontecimento oposto ao da oração principal, mas sem impedi-lo. Na questão acima não poderíamos utilizar o conquanto para substituir o mas, pois a segunda oração é coordenativa.



Características de um Texto Narrativo

Narrar é expor a sequencia de ações ocorridas em tal circunstância. Ao escrever um texto narrativo é o que acontece, a gente conta os fatos conforme aconteceram. Pode ser uma história, uma fábula, uma novela e até uma piada.
Elementos da Narrativa

·         O que?  O que aconteceu, qual o fato?

·         Quando? Quando ocorreu? Faz referencia ao tempo.

·         Onde? Em qual lugar?

·         Quem? Quais são os personagens?

·         Por quê? Por qual motivo a situação ocorreu?

·         Como? Como aconteceu?

·         Final. Quais as consequências do fato?

A narrativa pode ser:
Direta – o narrador transcreve as palavras da personagem, usando recursos de pontuação para dar ênfase às falas do personagem.
Ex. O cara perguntou:
Ei, você, pode me dar uma ajuda?

Indireta: O narrador reproduz o que o personagem disse.
EX. O cara perguntou se alguém poderia ajuda-lo.

Discurso Objetivo: Informa os fatos sem opinião pessoal, da maneira como ocorreram, sem palpite e sem emoção.
Discurso Subjetivo: Ao relatar os fatos o narrador manifesta opinião, sentimentos e emoções.

sábado, 16 de junho de 2012

Bastante ou Bastantes?

Como usar corretamente, há três opções: pode ser Advérbio, Adjetivo ou Pronome Indefinido

BASTANTE - Função de Advérbio

Observe o exemplo:
Elas são bastante simpáticas.
          |        |              |
     verbo    adv.     adjetivo (qualidade) 
 Simpáticas é a qualidade da moça, bastante intensifica esta qualidade, intensifica o adjetivo.

É importante lembrar que o advérbio acompanha o Adjetivo, o Verbo e o próprio Advérbio. E advérbio é uma classe de palavra invariável, logo não tem plural.
Basta então analisar a sentença sintaticamente e assim fica mais fácil entender a função da palavra bastante, sendo ela um advérbio permanece invariável.


BASTANTE - Função de Adjetivo

Observe o exemplo:

Jesus realizou bastantes milagres.
                             |               |
                       adjetivo   substantivo
Milagres é um substantivo, bastantes concorda com o substantivo.
Se milagres estivesse no singular, bastantes também ficaria no singular.

BASTANTE - Função de Pronome Indefinido

Observe o exemplo:

Havia bastantes pessoas na praça.
                |              |
      pronome      substantivo
     indefinido

É importante lembrar que o Pronome, o Adjetivo e o Artigo acompanham o substantivo concordando com ele. Na frase acima, bastantes acompanha o substnativo, de cara eu sei que não é um artigo, bastante não é a qualidade das pessoas, eu poderia dizer: poucas pessoas, muitas pessoas, certas pessoas e assim por diante. Esse pensamento me remete a pensar no pronome indefinido. Não sei dizer com certeza quantas pessoas, não posso qualifica-las.

DICA:
Basta substituir bastante por muito, por muitos. Se exigir plural então bastante também irá para o plural.  EX. Eles falaram ( muitas) bastantes vezes. São pessoas (muito) bastante agradáveis.