terça-feira, 5 de julho de 2011

Literatura Grega - A Tragédia

O gênero mais característico da Atenas clássica surgiu para ser representado nos festivais em honra a Dioniso, deus do vinho.

A tragédia é a expressão do ser humano desesperado, que luta contra tudo, mas não pode evitar a desgraça.

Os autores e os atores tinham grande destaque social e eram sustentados pela cidade para apresentar suas trilogias no Festival Dionisíaco. O coro tinha papel fundamental: comentava a ação, dialogando com os protagonistas, ou atuava como a voz de sua consciência.

Ésquilo
Primeiro grande autor trágico, introduziu um segundo ator nas representações. Escreveu mais de 80 obras. A única trilogia trágica completa que conhecemos é a sua Orestíada, baseada nos temas narrados por Homero na Ilíada e na Odisseia. Ésquilo via o autor como um educador. Achava que o espectador devia ver os atores em cena sofrerem, compreender os protagonistas e purificar suas próprias paixões. Ocorreria assim a catarse.

Sófocles
Continuador da obra de Ésquilo. Concentrava a ação em um só personagem, em seu caráter e traços de personalidade. Sua Antígona introduz a ideia da liberdade do homem para tomar decisões próprias diante da pressão social. Édipo Rei apresenta, segundo Sigmund Freud (o pai da Psicanálise), 'o drama de todos nós'.

Eurípides
Revolucionou a técnica teatral. Seus personagens não eram os heróis inspirados nos temas de Homero. Preocupava-se não tanto com o destino, como Ésquilo, quanto com as reações humanas. Suas obras refletem as controvérsias intelectuais, políticas e éticas do momento. Seus dramas Electra, Hipólito e Medeia estão mais perto da vida real do que as obras de Ésquilo ou Sófocles.

Para lembrar:
Aristóteles disse que Sófocles retratava os homens 'como deveriam ser', ao passo que Eurípides os retratava 'como eles são'

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