quarta-feira, 4 de maio de 2011

HISTÓRIA DA LINGUA PORTUGUESA

A língua Portuguesa tem como origem o latim, falado por um povo de cultura rústica, que vivia no centro da península Itálica (chamada Lácio), com o decorrer do tempo, teve um papel importante na história da civilização ocidental. Com as guerras e as conquistas romanas, expandiu-se por toda a Europa.
O latim clássico era a língua escrita utilizada nas obras dos escritores latinos( Cícero, Horácio, César, Virgílio); caracterizava-se pelo vocabulário apurado, correção gramatical, elegância de estilo.
O latim vulgar era a língua falada pelas pessoas de classes inferiores da sociedade romana, formadas pela imensa multidão de pessoas incultas, que não tinham preocupação artística ou literária, e usavam a língua como forma de comunicação prática.
No intercâmbio diário entre a grande população, o latim vulgar funcionava como uma língua viva, conquistando espaço na política econômica, matizando-se conforme as situações de comunicação e os meios sociais.
Assim, o latim vulgar não só se definiu em contraste ao latim clássico, mas tornou-se uma unidade linguística, desenvolvendo-se na história da sociedade, diversificando-se em dialetos sociais, diacronicamente, em uma continuidade de mudanças constantes.
A língua de Roma difundiu-se e cresceu na Itália e em outros territórios conquistados pelos romanos.
Em consequência, o latim vulgar surgiu com novos dados, variando-se conforme o espaço. As condições sociais e econômicas também se diversificaram, ocorrendo, necessariamente, certa diversidade linguística.
Os povos dominados absorveram o falar dos romanos, que se misturou com os falares regionais, originando as linguas neolatinas.
Há dez línguas românicas: o português, o espanhol, o catalão, o francês, o provençal, o italiano, o reto-romano, o dalmático, o romeno e o sardo.
Essas línguas estão assim distribuídas:
• português, falado em Portugal, no Brasil, na Ilha da Madeira, no arquipélago dos Açores, nas antigas e atuais colônias portuguesas da África, da Ásia e da Oceania;
• espanhol, falado na Espanha e em suas colônias, em quase toda a América do Sul à exceção do Brasil e das Guianas, na América Central, no México, em algumas ilhas do arquipélago das Antilhas e nas Filipinas;
• catalão, falado na Catalunha, nos vales de Andorra, no departamento francês dos Pirineus orientais, na zona oriental de Aragão, na maior parte de Valência, nas ilhas Baleares e na cidade de Alguer, situada na costa noroeste da Sardenha;
• francês, falado em quase toda a França, exceto no sul e na Bretanha, em suas colônias da Ásia, da África, da América e Oceania, na Bélgica e Congo Belga, na Suíça, em Mônaco, no Canadá, na Luisiânia e no Haiti;
• provençal, falado no sul da França (Provença);
• italiano, falado na Itália e nas ilhas adjacentes (Córsega, Sicília, etc.), nas antigas colônias italianas da Ásia e da África, e em S. Marinho;
• reto-romano, rético ou ladino, falado no Tirol, no Friul e no cantão dos Grisões (Suíça);
• dalmático, outrora falado na Dalmácia;
• romeno ou valáquio, falado na Romênia e na parte da Macedônia, próxima ao Monte Olimpo;
• sardo, falado na Sardenha
O início do período de evolução da língua portuguesa, historicamente, data do século IX. Essa época é chamada de galego. Os documentos escritos em galego-português são datados do século XII. Inicia-se, então, a fase memorável da história da nossa língua.
A língua portuguesa surgiu do latim vulgar introduzido pelos romanos na Lusitânia, região da península Ibérica.
Leite de Vasconcelos (apud COUTINHO, 1976, p. 56) divide a história da língua portuguesa em três grandes épocas: pré-histórica, proto-histórica e histórica.
A pré-histórica começa com as origens da língua e se prolonga até o século IX, quando surgem os primeiros documentos latino-portugueses.
É reduzido o material linguístico dessa época, devido às escassas inscrições. Só por conjetura é que se pode formar uma ideia do romance então falado.
A proto-histórica estende-se do século IX ao XII. Os textos, que então aparecem, são todos redigidos em latim bárbaro. Neles, porém, de quando em quando, encontram-se palavras portuguesas, o que já evidencia a existência do dialeto galaico-português nesse tempo.
A histórica inicia-se no século XII, em que os textos ou documentos aparecem inteiramente redigidos em português. Anteriormente, a língua era apenas falada.
A época histórica comporta uma divisão em duas fases: a arcaica, (do século XII ao XVI) e a moderna (do século XVI para cá). No limiar desta fase, o fato literário de maior importância é a publicação de Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões. Constitui esta obra a verdadeira epopeia nacional portuguesa. Nela se acham retratados o espírito de aventura, a resistência no sofrimento, as qualidades guerreiras, o heroísmo, isto é, todas as grandes virtudes da nação portuguesa.
O século XVI apresenta-se como o verdadeiro século de ouro da literatura portuguesa. É que aparecem nele os maiores escritores que Portugal tem possuído. Os vários gêneros literários encontram então cultores importantíssimos. Surge também a gramática disciplinando a língua.
Basta citar na história João de Barros, Diogo do Couto e Damião de Góis; na tragédia, Antônio Ferreira; na comédia, o mesmo Ferreira, Sá de Miranda, Jorge de Vasconcelos e o imortal Camões; nos autos, Gil Vicente, Antônio Ribeiro Chiado e Antônio Prestes; nas viagens, Fernão Mendes Pinto; em assuntos morais e piedosos, fr. Amador Arrais, fr. Heitor Pinto e fr. Tomé de Jesus; no romance, Bernardim Ribeiro e Francisco de Morais; na gramática, Fernão de Oliveira e João de Barros; na poesia lírica, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e Diogo Bernardes; na poesia épica, o maior gênio da nacionalidade portuguesa – Luís de Camões, e Jerônimo Corte Real.
Com os novos descobrimentos, Portugal ampliou muito o império de sua língua, levando-a para os vastos territórios conquistados (África, América e Oceania). Na sua trajetória, a língua portuguesa conseguiu manter uma forte unidade, principalmente nas variantes da Europa e na América.
A partir do século XV, Portugal apresenta uma total unidade linguística, e o português se sobrepõe como língua representativa de uma nação e de um povo, completamente liberto de quaisquer resquícios galegos. Essa época corresponde também à notável expansão da língua portuguesa, graças à intrepidez dos grandes navegadores lusos (Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral) que, junto às conquistas portuguesas, levaram sua língua às mais longínquas partes do mundo.
Os descobridores portugues trouxeram para o Brasil a cultura e a língua portuguesa. Esta foi enriquecida com vocábulos de origem indígena, africana e de outros povos imigrantes.
A língua portuguesa é atualmente a quinta mais falada no mundo e com a globalização seu estudo em outros paises vem aumentando.

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